sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Vou seduzir-te...

Vou seduzir-te.
Sem perdão e sem piedade.
Vou olhar-te e com meus olhos devorar-te.
Vou mostrar-te como me movimento:
Doce, suave e esvoaçante e
Como o meu andar, os meus passos te deixam a imaginar.
Vou aproximar-me de ti,
Fazer-te sentir o meu cheiro e o meu respirar.
O meu beijo suave na tua face,
Os meus lábios e seu doce roçar.
Vou-te abraçar, deixar-te as minhas costas e ombros tocar
Vou-te seduzir com o olhar,
Com a língua nos lábios a deslizar...
Sentes a te(n)são a escalar,
O calor do meu corpo a emanar, quase a queimar e
O meu coração a acelerar?
É neste momento que de ti me vou afastar.
Deixar-te assim, a desejar, a sonhar,
Por mim a desesperar!

27/10/2011

Vejo-me...

Vejo-me nos teus olhos,
Cor dos meus, mundo meu.
Vejo-me tocar teus lábios,
Suaves, delicados, como eu.
Vejo-me no teu peito,
Aconchegada, mimada e amada,
Como se so fosses meu.
Vejo-me em ti, tu em mim,
Apenas um, único entendimento
Entre dois seres, dois corpos, um querer.
Aqui, agora, apenas em poucas horas,
Vejo-me tua, toda, nua...
Vejo-te meu, inteiro, partilhando
Corpo e alma...
Vejo-me Mulher, desejada e adorada,
Vejo-me Deusa venerada.
Vejo-me rendida, sem medo no teu peito estendida...
Vejo-me por momentos
Preenchida!

27/10/2011

Esperei...

Esperei. Tempo que não vivi,
Na espera do término do silêncio.
Esperei que me falasses,
Que me contasses,
Que te desses e partilhasses.
Esperei e nada ouvi.
Esperei e apenas silêncio.
Um silêncio demolidor,
Que me prendia, suspensa
Num limbo de dor e amor...
Esperei que terminasse,
Que acabasse com a minha vida não vida.
Esperei. Sonhei. E me desiludi...
Teu silêncio acabou e as tuas palavras
Nunca pensei ouvir.
Afinal esperei e na verdadei nunca esperei...

27/10/2011

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Horas...

Há horas que me custam.
Custam mais que as outras.
Não são mortas,
Pelo contrário. São vivas,
Demasiado vivas.
Custam-me mais essas horas.
Os minutos seguem o tempo normal,
Passam, de segundo em segundo,
Como eu a olhar para o relógio...
Segundo a segundo,
Como as memórias que não se esvaiem em fumo,
Que não desaparecem,
Que teimam em ficar
E em voltar
E em me lembrar.
Horas, com minutos que me sabem a horas,
Que me sabem a recordações,
Que me fazem esperar,
Que me fazem imaginar,
Que tudo vai ser como antes,
O telefone vai tocar,
Uma mensagem vai chegar...
Há horas que me lembram de ti.
Essas... Essas custam mais que as outras...

26/10/2011