quarta-feira, 30 de março de 2022

A esperança

 



Há dias em que a esperança é um martírio. Acreditar em algo que se quer é, por vezes, massacrar a Alma. É fazer doer no que intimamente desejamos. É apertar o coração e vê-lo a morrer aos poucos, a deixar de bater, a deixar de viver.
E depois, depois a esperança.
Voltar a acreditar, voltar a querer, voltar a sentir o que nos faz bem.
Muitas vezes a vã da esperança...
Porque quem espera desespera. E eu, hoje, desespero. Tão profundamente que me dói cá dentro.
Não sei o que dói mais: se a esperança ou a falta dela.
Sei que há dias em que não dói e tudo é leve e eu acredito que recuperarei o que tinha, o que era, o que me fazia feliz.
Dizem que só se dá valor ao que se perde... Não, não é verdade. Dá-se mais valor. Apreciam-se os detalhes, as pequenas coisas.
E a esperança de se voltar a isso.
E a (quase) certeza de ser (im)possível...


Cat.
07.03.2022

terça-feira, 29 de março de 2022

Sabes que morro?


viv
Sabes que morro?
A cada dia, hora longe de ti,
Sabes que morro?
A cada toque de pele
Que não te sinto,
Sabes que morro?
A cada beijo
Que de ti anseio,
A cada abraço
Deitada no teu peito
E que não tenho,
Sabes que morro?
A cada momento
Em que me invade o pensamento,
Em que o teu sabor eu sinto na boca,
Em que recordo,
Cada orgasmo em que me perdi
Em ti,
Sabes que morro?
Em todos os momentos
Em que te desejo,
Abraçar,
Beijar,
Tocar,
Amar
E pertencer,
A cada constante minuto,
Sabes que (te) morro?

Cat.
06.03.2022

Os acordes no teu piano


Os acordes no teu piano
Levam-me a passear a mente,
A sentir, verdadeiramente,
O coração.
Cai-me o chão,
As lágrimas no rosto,
De tamanha emoção,
De imenso sentimento...
E eu vagueio,
Doce ou intensamente,
Ao sabor do teu toque,
Ao ritmo do gosto.
E sinto-te,
Perto, premente,
No corpo e na mente,
Que até o teu sabor,
Na minha boca,
Se sente...


Cat.
05.03.2022

segunda-feira, 28 de março de 2022

Sei que sou tua


Sei que sou tua.
Que te pertenço, de corpo e alma.
Que os meus olhos
Só precisam dos teus,
Que a minha boca
Se perde na tua
E que o meu corpo
Se encontra no teu.

Sei que sou tua.
Que as horas
Custam a passar,
Que as esperas
São um lento não acabar
E que os dias
Só brilham contigo a me abraçar.

Sei que sou tua.
Que o meu sangue
Corre por ti,
Que a minha pele
Se arrepia para ti,
Que a minha entrega
Só faz sentido em ti.

Sei que sou tua.
Agora e (para) sempre,
Vestida ou nua,
Perdidamente,
Sei que sou tua.


Cat.
03.03.2022

Saberás tu


Se eu te olhar
Nesses olhos cor de mar
Saberás que vou chorar
De tanto, mas tanto te amar?

Se eu, à tua frente, parar
E a tua boca, entreaberta, fitar
Saberás que só vou pensar
Em esses lábios beijar?

Se eu, o meu corpo ao teu encostar
E a minha pele na tua tocar
Saberás que a respiração irá acelerar
E eu, a ti, me vou querer entregar?

Saberás tu,
O quanto é imenso este meu sentir,
Este meu te querer,
Que me faz, à toa, sorrir,
Que me faz, às vezes, doer?

Saberás tu...


Cat.
02.03.2022

domingo, 27 de março de 2022

Soubesses tu

 



Soubesses tu o quanto te amo
E saberias como me és
Tudo e tanto.
O ar que respiro, mais brando,
O coração que bate, mais forte,
A pele que me cobre, mais quente.
Tudo e tanto...
O cheiro do teu corpo, mais inebriante,
O teu abraço, o mais importante,
O teu beijo, o sabor mais viciante.
O teu sorriso, a minha tentação,
Os teus olhos, de mar, a minha perdição
E o teu corpo,
Ai o teu corpo, a minha inteira e completa rendição.
Tudo e tanto...
Soubesses tu o quanto te amo!


Cat.
01.03.2022

Urgência

 



Hoje, mais que nunca,
Tenho urgência em abraçar-te.
Urgência em me aninhar
No teu peito,
Em me perder
No teu cheiro,
Em beijar
A tua boca.
De sentir a tua pele,
O calor do teu corpo,
O bater do teu coração.
Hoje, mais que nunca,
Necessito que saibas
Que sou tua,
Plenamente tua.
De corpo e sobretudo de
Alma.
Fazes parte de mim,
Do meu ser,
Da minha carne,
Da minha essência.


Cat.
24.02.2022

sábado, 26 de março de 2022

O quanto me apetece


Sabes o quanto me apetece
Beijar-te?
Sentir os meus lábios nos teus
E dessa boca o gosto provar-te.
Deixar-me levar pelo desejo,
Crescente,
Incandescente,
Premente
De te ser e de te ter.
Entregar-me à tua vontade
De toque,
De agarre,
De posse
E, de todas as formas,
Satisfazer-te.
E no fim,
Com todas as certezas,
Voltar a dizer-te:
Sabes o quanto me apetece
Beijar-te?

Cat.
23.02.2022

Dizer-te





Já te disse hoje que te amo?
Não, claro que não. Há muito que não digo. Há muito que não queres ouvir.
Mas hoje, hoje vou-te dizer: eu amo-te!
Eu amo-te para lá de mim, para além do que sou, do meu corpo, da minha Alma.
Eu amo-te tão profunda e incondicionalmente que não existem palavras que definam ou categorizem este meu sentir.
Poderia tentar explicar, poderia tentar... Poderia tentar, pois não passaria disso: uma ténue tentativa de explicar o inexplicável.
Porque é inexplicável todo este meu sentir por ti.
Porque é imenso.
Porque é imensurável.
Porque é tão profundo e tão certo.
É eu amo-te como nunca te amei: com todas as tuas qualidades e particularidades também.
Mas amo-te mais ainda porque agora, agora que fechei feridas, agora que saí do torpor, agora que recuperei a minha essência, agora vejo-te com clareza. Agora vejo o Homem que és, em todo o teu esplendor, em toda a tua essência e tenho a certeza que és a minha Alma Gémea...
Eu amo-te. Hoje mais que ontem e ainda assim, menos que amanhã.


Cat.
21.02.2022

sexta-feira, 25 de março de 2022

Não me sentes a falta?



Não (me) sentes a falta?
Do cheiro da (minha) pele,
Do calor do (meu) toque,
Do sabor dos (meus) beijos
Da experiência da (minha) boca?
Não (me) sentes a falta?
Das curvas dos (meus) seios,
Do perfeito encaixar das (minhas) ancas,
Da entrega do (meu) corpo
Vezes sem fim,
Louca e desenfreada,
(TUA)
Nesse corpo que é o teu?
Não, não (me) sentes a falta?


Cat.
16.02.2022

Preciso-te dizer





Preciso-te dizer.
É urgente.
É como se as
Palavras, presas na garganta,
Me estejam a impedir de
Respirar.
Preciso-te dizer.
É premente.
Todo este sentir,
Aprisionado,
No meu peito,
A transbordar.
Preciso.
Preciso-te dizer.
Mas preciso que escutes,
Que me ouças bem as expressões,
Que (me) sintas
Sem condenar ou julgar.
Preciso-te dizer:
Faltas-me.
De corpo e alma.
Os teus beijos,
Os teus abraços,
O teu bater de coração no meu.
As tuas mãos na minha pele.
As nossas pernas entrelaçadas.
O meu corpo sobre o teu
E as nossas almas ligadas...
E eu preciso-te dizer,
É urgente

Cat. .
15.02.2022

quinta-feira, 24 de março de 2022

Teu




Há dias em que a tua ausência me é demasiadamente dolorosa. Realmente sentida no imo do meu ser. Palpável.
Há dias em que não me sinto a viver. Em que o passar dos minutos é tão indiferente que nem me dou conta que já foram. E eu continuo aqui. Igual. Como que suspensa, no tempo, no sentir, no te amar.
E, no entanto, às vezes, tudo cai em mim. Tudo se torna real. Tudo parece ser, acontecer é, sobretudo, doer.
Sim, às vezes dói-me. Bem cá dentro. No mais íntimo do que sou.
Uma dor excruciante. Imensa. De (quase) morrer.
E as saudades... As saudades do que ainda tenho para te dar. Para contigo partilhar. Sentir. Amar.
E tenho tanto no que resta da minha vida e muito para além dela.
Porque o que sinto cá dentro é imenso. É enorme. É tão maior que eu...
É um amor imensurável. É eterno. É incondicional.
É teu.


Cat.
10.02.2022

O que se faz?




O que se faz quando a saudade nos invade?
Quando a ausência sobre nós se a até?
Quando as memórias nos enchem a Alma e o coração aperta com essa tua falta?
O que se faz?
E quando os meus lábios desejarem os teus?
Quando a minha precisar do calor da tua?
Quando a minha boca desejar o teu sabor?
O que te faz?
O que te faz quando olhar para o que vivemos? O que construímos?
E o que nos falta viver, sonhar e criar?
O que se faz?
O que se faz com tudo o que somos e com o que ainda podíamos ser?
O que se faz?
Vive-se um dia atrás de outro?
Penso que é isso... Apenas se (sobre)vive.

Cat.
09.02.2022

quarta-feira, 23 de março de 2022

Olhar-te nos olhos

Olhar-te nos olhos,
Mergulhar em ti:
Na tua boca,
No teu corpo...

Fazer-te meu,
Saborear-te sem pressa,
Cada recanto desse
Corpo teu...

Cair de joelhos.
O gosto do teu imenso prazer
Na minha boca,
Escorrendo dos lábios...

Olhar-te nos olhos,
Sabendo que sou mais tua
Do que tu alguma vez
Serás meu.


Cat.
05.02.2022

Sabes que te vou amar

Sabes que te vou amar
Até ao meu último:
Suspiro,
Respirar,
Bater do coração.

Até que a pele
E a carne arrefeçam,
Geladas pela chegada
Da não vida.

Até mesmo quando
A lembrança já não tiver
Memória
Dos teus beijos,
Dos teus abraços,
Dos teus olhos cor de mar.

Sabes que te vou amar
Para além do meu ser,
Para lá da minha essência,
Para além da minha existência
E do tempo que se mede.

Sempre.
Eternamente.
Incondicionalmente.


Cat.
05.02.2022

terça-feira, 22 de março de 2022

Quero o frenesim


Quero o frenesim de um primeiro beijo,
Quero o toque suave dos teus lábios
E da tua língua a medo na minha.

Quero o despir lânguido da blusa,
A pele arrepiada da leveza da tua mão
E a tua boca entreaberta olhando-me os seios.

Quero os teus dedos no meu molhado sexo,
Deslizando e penetrando-me
Sem que eu possa (ou sequer queira)
Parar(te).

Quero-te,
Quero ter-te dentro de mim.
Ritmado. Forte. Fundo.

Quero, num acesso de loucura,.
Que não pares e que me acabes com a tortura
E, no orgasmo, sentires que sou,
Plena e totalmente, tua.


Cat.
04.02.2022

No odor da tua pele

 



No odor que a tua pele emana
Ficar ébria e cingir os sentidos
Apenas às sensações.

Perder a noção e o pensamento
Deixar que o corpo sinta e
Permitir-se ser tua.

Na boca esse sabor que é teu
Viciando-me o gosto
Deixando-me faminta por mais.

Ser eu sendo tua,
Descobrindo o prazer em cada poro,
O desejo a cada beijo,
O arrepiar a cada toque,
O estremecer de cada orgasmo.


Cat.
04.02.2022

segunda-feira, 21 de março de 2022

Sabes quando...



Sabes quando
A boca
Se lembra
Dos beijos lânguidos
E os lábios se entreabrem?

Sabes quando
A pele
Revive
O toque das tuas mãos
E logo se arrepia?

Sabes quando
O corpo
Recorda
O passar da tua língua
E o sexo humidifica?

Sabes?

Sabes o que é
Desejo,
Louco,
Insano
Em tudo fica em alerta?

Sabes o que é
Querer(te)
Tanto,
Que nada mais
Importa?

Sabes quando
Só (te) quero pertencer
E, num orgasmo,
(Por ti)
Quase morrer e renascer?

Sabes?


Cat.
2021.11.29

Invadir-me o paladar

Olho-te e
Mergulho nesses teus
Olhos cor de
Mar.
Hipnose perfeita,
Já só sinto o teu
Odor,
Já só desejo que
Me faças ajoelhar,
Que guies a minha cabeça para
Junto do teu
Másculo sexo.
Pronto.
Erecto.
E eu,
Gulosa,
Entreabro os lábios
E, olhando-te nos olhos,
Brinco com a língua,
Provocando-te,
Atiçando-te.
Luxúria ou
Simples desejo,
És meu,
Pertences-me
E eu comando.
Ritmo crescente,
Vontade premente,
E o gemido antecipa,
O desejado momento,
De ter, de sentir,
O teu prazer imenso,
A encher-me a boca,
A invadir-me o paladar.



Cat.
06.11.2021

domingo, 20 de março de 2022

Adeus (à) Vida XLIV




O sangue quente,
Percorre-me a carne,
Freneticamente,
Que quase queima, arde
E na pele se reflecte.
Há vida em mim,
Mas apenas no corpo:
A Alma, jaz morta,
Enterrada e fria,
Vazia de sentires,
De tristeza ou alegria,
Tolhida pela dor,
Pelo sal das lágrimas corrompida.

Jaz morta.
Enterrada e fria.


Cat.
2021.09.22