quarta-feira, 30 de março de 2022
A esperança
terça-feira, 29 de março de 2022
Sabes que morro?
Os acordes no teu piano
segunda-feira, 28 de março de 2022
Sei que sou tua
Sei que sou tua.
Que te pertenço, de corpo e alma.
Que os meus olhos
Só precisam dos teus,
Que a minha boca
Se perde na tua
E que o meu corpo
Se encontra no teu.
Sei que sou tua.
Que as horas
Custam a passar,
Que as esperas
São um lento não acabar
E que os dias
Só brilham contigo a me abraçar.
Sei que sou tua.
Que o meu sangue
Corre por ti,
Que a minha pele
Se arrepia para ti,
Que a minha entrega
Só faz sentido em ti.
Sei que sou tua.
Agora e (para) sempre,
Vestida ou nua,
Perdidamente,
Sei que sou tua.
Cat.
03.03.2022
Saberás tu
Se eu te olhar
Nesses olhos cor de mar
Saberás que vou chorar
De tanto, mas tanto te amar?
Se eu, à tua frente, parar
E a tua boca, entreaberta, fitar
Saberás que só vou pensar
Em esses lábios beijar?
Se eu, o meu corpo ao teu encostar
E a minha pele na tua tocar
Saberás que a respiração irá acelerar
E eu, a ti, me vou querer entregar?
Saberás tu,
O quanto é imenso este meu sentir,
Este meu te querer,
Que me faz, à toa, sorrir,
Que me faz, às vezes, doer?
Saberás tu...
Cat.
02.03.2022
domingo, 27 de março de 2022
Soubesses tu
Urgência
sábado, 26 de março de 2022
O quanto me apetece
Dizer-te
21.02.2022
sexta-feira, 25 de março de 2022
Não me sentes a falta?
Não (me) sentes a falta?
Do cheiro da (minha) pele,
Do calor do (meu) toque,
Do sabor dos (meus) beijos
Da experiência da (minha) boca?
Não (me) sentes a falta?
Das curvas dos (meus) seios,
Do perfeito encaixar das (minhas) ancas,
Da entrega do (meu) corpo
Vezes sem fim,
Louca e desenfreada,
(TUA)
Nesse corpo que é o teu?
Não, não (me) sentes a falta?
Cat.
16.02.2022
Preciso-te dizer
Preciso-te dizer.
É urgente.
É como se as
Palavras, presas na garganta,
Me estejam a impedir de
Respirar.
Preciso-te dizer.
É premente.
Todo este sentir,
Aprisionado,
No meu peito,
A transbordar.
Preciso.
Preciso-te dizer.
Mas preciso que escutes,
Que me ouças bem as expressões,
Que (me) sintas
Sem condenar ou julgar.
Preciso-te dizer:
Faltas-me.
De corpo e alma.
Os teus beijos,
Os teus abraços,
O teu bater de coração no meu.
As tuas mãos na minha pele.
As nossas pernas entrelaçadas.
O meu corpo sobre o teu
E as nossas almas ligadas...
E eu preciso-te dizer,
É urgente
Cat. .
15.02.2022
quinta-feira, 24 de março de 2022
Teu
Há dias em que a tua ausência me é demasiadamente dolorosa. Realmente sentida no imo do meu ser. Palpável.
Há dias em que não me sinto a viver. Em que o passar dos minutos é tão indiferente que nem me dou conta que já foram. E eu continuo aqui. Igual. Como que suspensa, no tempo, no sentir, no te amar.
E, no entanto, às vezes, tudo cai em mim. Tudo se torna real. Tudo parece ser, acontecer é, sobretudo, doer.
Sim, às vezes dói-me. Bem cá dentro. No mais íntimo do que sou.
Uma dor excruciante. Imensa. De (quase) morrer.
E as saudades... As saudades do que ainda tenho para te dar. Para contigo partilhar. Sentir. Amar.
E tenho tanto no que resta da minha vida e muito para além dela.
Porque o que sinto cá dentro é imenso. É enorme. É tão maior que eu...
É um amor imensurável. É eterno. É incondicional.
É teu.
Cat.
10.02.2022
O que se faz?
quarta-feira, 23 de março de 2022
Olhar-te nos olhos
Na tua boca,
No teu corpo...
Fazer-te meu,
Saborear-te sem pressa,
Cada recanto desse
Corpo teu...
Cair de joelhos.
O gosto do teu imenso prazer
Na minha boca,
Escorrendo dos lábios...
Olhar-te nos olhos,
Sabendo que sou mais tua
Do que tu alguma vez
Serás meu.
Cat.
05.02.2022
Sabes que te vou amar
Suspiro,
Respirar,
Bater do coração.
Até que a pele
E a carne arrefeçam,
Geladas pela chegada
Da não vida.
Até mesmo quando
A lembrança já não tiver
Memória
Dos teus beijos,
Dos teus abraços,
Dos teus olhos cor de mar.
Sabes que te vou amar
Para além do meu ser,
Para lá da minha essência,
Para além da minha existência
E do tempo que se mede.
Sempre.
Eternamente.
Incondicionalmente.
Cat.
05.02.2022
terça-feira, 22 de março de 2022
Quero o frenesim
No odor da tua pele
segunda-feira, 21 de março de 2022
Sabes quando...
Sabes quando
A boca
Se lembra
Dos beijos lânguidos
E os lábios se entreabrem?
Sabes quando
A pele
Revive
O toque das tuas mãos
E logo se arrepia?
Sabes quando
O corpo
Recorda
O passar da tua língua
E o sexo humidifica?
Sabes?
Sabes o que é
Desejo,
Louco,
Insano
Em tudo fica em alerta?
Sabes o que é
Querer(te)
Tanto,
Que nada mais
Importa?
Sabes quando
Só (te) quero pertencer
E, num orgasmo,
(Por ti)
Quase morrer e renascer?
Sabes?
Cat.
2021.11.29
Invadir-me o paladar
Mergulho nesses teus
Olhos cor de
Mar.
Hipnose perfeita,
Já só sinto o teu
Odor,
Já só desejo que
Me faças ajoelhar,
Que guies a minha cabeça para
Junto do teu
Másculo sexo.
Pronto.
Erecto.
E eu,
Gulosa,
Entreabro os lábios
E, olhando-te nos olhos,
Brinco com a língua,
Provocando-te,
Atiçando-te.
Luxúria ou
Simples desejo,
És meu,
Pertences-me
E eu comando.
Ritmo crescente,
Vontade premente,
E o gemido antecipa,
O desejado momento,
De ter, de sentir,
O teu prazer imenso,
A encher-me a boca,
A invadir-me o paladar.
Cat.
06.11.2021
domingo, 20 de março de 2022
Adeus (à) Vida XLIV
Adeus (à) Vida XLIII
Vermelho, escarlate,
Que percorre a matéria carnal.
Bate, compassadamente,
Sem se importar
Com o que vai na mente,
Com o meu pensar.
Bate simplesmente,
Prolongando os dias
Num infinitamente...
E eu, vagarosamente,
Vou (sobre)vivendo,
Esperando que chegue o fim, finalmente.
Cat.
2021.09.22
sábado, 19 de março de 2022
No meio de tormentas
Vivo no meio
De tormentas,
Minhas apenas,
Eu creio.
Dores intransponíveis,
De em palavras colocar,
Impossíveis.
Minhas.
Únicas.
Indefiníveis.
Apenas reais,
Verdadeiras,
Sentidas,
Neste peito
Que sufoca,
Com este coração que...
No (de)correr desta maleita
Apenas,
Somente,
Empedernece.
Cat.
2021.08.28
Adeus (à) Vida XLII
sexta-feira, 18 de março de 2022
O que faço aqui
2021.00.15
Adeus (à) Vida XLI
quinta-feira, 17 de março de 2022
Carregado de tudo
Cat.
2021.08.20
Difícil ser eu
quarta-feira, 16 de março de 2022
Ser, apenas ser
Tento, mas não consigo
Tento, mas não consigo.
Cat.
2021.07.06
terça-feira, 15 de março de 2022
Da minha boca
Adeus (à) Vida XL
Morro(me)
Presa num corpo,
Agora,
Inerte,
Sem a (habitual) vida.
Morro(me),
Dia após dia,
Num passar de horas,
De sentido vazias,
Sem amanhã ou agora.
Morro(me)
De Alma negra,
Dorida,
Marcada,
Doente,
Em lágrimas encharcada.
Largada,
Sem piedade,
Na berma duma vida
Aparentemente perdida,
Vivida na inverdade
De ter sentido algum sentido...
Cat.
2021.07.01
segunda-feira, 14 de março de 2022
Percorre-me o corpo
(Im)Perfeita
(Im)Perfeita
Aos teus
E aos meus.
Tentativas vãs
De tudo parecer
O que, na verdade,
Não o é.
Mostrar sorrisos,
Amarelos no sentir,
Imagens de felicidade
Que não podem existir.
Viver amarrada,
A quase tudo que não é,
Viver iludida,
Numa imagem criada,
Fingida,
Fabricada,
Mas de falsa beleza pintada.
Depois do rosto e de cara lavada,
Surge a (im)perfeição
Do que é,
Simplesmente,
Ser-se humana.
Cat.
2021.06.04
domingo, 13 de março de 2022
Coisas minhas... Provavelmente sem sentido
2021.05.16
Sem palavras
Ando sem palavras... Logo eu, a quem (quase) nunca faltaram.
Ando sem palavras...
Estou numa fase que não compreendo. "Numa fase", seja isso lá o que for. Sei que, apesar de me sentir bem, de estar bem, grata e feliz, não me surgem palavras. "Feliz"... Sim. Não. Nem um meio termo é.
Ando sem palavras, é o que é.
Palavras difíceis de encontrar para expressar o que me vai na mente, o que guardo na memória e o que sinto no coração.
O coração, esse maldito que sente sem pedir autorização.
A mente, essa incessante pensadora de tanta coisa que não interessa.
A memória, essa ingrata que me faz recordar quem já não tenho comigo.
A memória, como uma cómoda cheia de gavetas, quase sempre fechadas. Algumas, a malvada, deixa-as semi-abertas, prontas a escancarar o que uma data, um cheiro ou um sabor despoletam.
Tenho, apesar do momento bom que passo, gavetas abertas, carregadas de recordações que me trazem saudade e dor e lágrimas fugindo dos olhos.
São gavetas que jamais se fecharão, eu sei... Não há chave que as encerre definitivamente e se atira ao mar para não haver possibilidade de as reabrir. São gavetas cheias. Transbordantes.
Se eu as quero fechar para sempre? Não!
Eu quero poder olhar para dentro delas e a Alma não se dilacerar. Olhar para tudo o que lá está e não sangrar de dor.
Há ausências que jamais se esquecerão, mas queria não sentir a ausência, a dor ao olhar a gaveta. Queria sentir o amor, os risos, os abraços, os passeios, os beijos e os momentos vividos.
Entre o final de Abril e o início de Maio, tenho duas gavetas que sempre se abrirão... E, infelizmente, sinto que muitas lágrimas ainda cairão.
É por isso que ando sem palavras... O que os olhos não vêem, o coração não sente, dizem. Mas é mentira.
Cat.
2021.05.01
sábado, 12 de março de 2022
Mais negros
Cat.
2021.04.16
Palavras na ponta dos dedos
Por vezes gostava de ter as palavras todas, na ponta dos dedos, para descrever o que sinto. E não tenho. Jamais terei.
Há palavras que nunca existirão, pois nunca serão as exactas para determinado sentimento.
E eu, eu tenho muitos sentimentos.
Sou uma imensidão. Talvez tão grande e, de certeza, tão profunda quanto o mar.
Sim, sou igual ao mar: na tempestade e na calmaria, no salgado das lágrimas, no que dá e no que recebe... E damos tanto e recebemos tanto. Tanto de bom, como de lixo que só nos faz atrasar nas experiências e no verdadeiro viver.
Mas como o mar, há que aprender a renovar-me a dada maré.
Há que fazer o que dita o coração e a minha natureza, a minha essência e à noite, sob a luz da lua e a proteção das estrelas, dormir um sono profundo e descansado. De Alma limpa e consciência tranquila.
É, por vezes gostava de ter as palavras todas na ponta dos dedos...
Hoje é um desses dias.
Cat.
2021-04.11
sexta-feira, 11 de março de 2022
Remendo-me
Remendo-me.
A cada tropeço na vida, a cada desilusão, a cada sonho perdido pelo caminho.
Rendendo-me.
A cada dia sentido como desperdiçado, perdido, não vivido.
Remendo-me.
A cada lágrima salgada de tristeza, a cada dor no coração e no corpo.
Remendo-me e renasço.
Cada momento é vivido, mesmo que não pareça, pois os dias passam e as horas não param, suspensas num eterno infinito. Embora às vezes assim pareça.
Remendo-me e renasço.
Porque não viver também é necessário, ter tempo para deixar correr e não decidir.
Renasço a cada tormenta ultrapassada, a cada pessoa perdoada, a cada dor que marca mas não deixa mágoa.
Faz parte do crescer.
Faz parte do aprender.
Faz parte do relativizar. E é tão importante relativizar... Deixar de lado o que não nos acrescenta, o que nos pesa, o que não traz alegria e põe sorrisos nos nossos rostos.
Por vezes lutamos em batalhas sem sentido. Embora às vezes não pareça.
É preciso olhar a vida com amor, esperança e paz de espírito.
É preciso aprender a não carregar fardos de outros e os nossos inúteis, que alimentamos, como culpas e arrependimentos. O que está feito não se desfaz.
Remenda-se e renasce-se a cada dia, melhor hoje que ontem.
Cat.
2021.04.14
Adeus (à) Vida XXXIX
quinta-feira, 10 de março de 2022
Adeus (à) Vida XVIII
Cairei
Um dia cairei,
De joelhos rendida:
Tudo o que lutei,
Resultou no que devia.
Chega de lágrimas no rosto,
Salgadas pelo desgosto,
De viver em demasia,
Vidas que não esquecia.
Fardo pesado trazia,
De pecados inconfessáveis,
Guardados, cravados na Alma,
Profundamente ferida.
Um dia cairei
E de joelhos rendida,
A certeza terei
Que todos os pecados, as mágoas e as feridas,
Foram expiados
E assim partirei
De Alma curada e com alegria!
Cat.
2021.03.31
quarta-feira, 9 de março de 2022
Adeus (à) Vida XXXVII
Digo-te que partirei
Um dia,
Como não sei,
Mas será como devia:
De Alma leve e vazia.
Digo-te que não me chores
A partida,
Será sinal que os meus sentires
Já curaram a ferida.
Digo-te que partirei
Feliz e sem demoras,
Será breve a despedida,
Um beijo e um até já,
Sem delongas.
Digo-te que não me chores,
Pelo menos por perda ou tristeza,
Se lágrimas salgadas caírem
Que sejam, do nosso reencontro,
Ter absoluta certeza.Cat.
Adeus (à) Vida XXXVI
Ou sentirei a dor de um coração a parar?
Não sei o que me espera,
É uma incógnita, uma incerteza...
Viverá, depois, a minha Alma
Ou serei nada mais que poeira?
Perderei noção de quem sou,
De tudo o que vivi,
Ou pensarei apenas
No que deixarei aqui?
Não quero pesos em mim:
Nem no corpo, nem na Alma,
Gostaria de me ir assim,
Dormindo como quem sonha.
Cat.
2021.04.30