sexta-feira, 16 de março de 2012

Lágrimas



Doces lágrimas de sal que caiem dos olhos são meras lembranças de manhãs de orvalhos.
Escorrem, abrem caminhos na pele do rosto, vivem sem margens, morrem na boca.
Boca que tantas vezes se inundou com beijos de água com sabor teu.
Sabor que não esquecerei, sabor em que me viciei.
Vício que se entranha na pele, que me corre no quente fervilhar do líquido que me faz viver, que me faz pulsar.
E como pulsou ao ver o teu olhar. E como pulsa apenas de te pensar.
E revivo os momentos nossos, preciosos no amar, no beijar e no partilhar.
E o sorriso volta a brilhar por até voltar a imaginar aqui, ao meu lado, respirando e vivendo do mesmo sonho que eu sonhei.
Os  dias que junto a ti passaria, os minutos que ao teu lado correriam rápidos, velozes, sem medo do futuro.
Futuro que adormeceu. Que quebrou. Que não aconteceu.
E o sonho morreu.
E eu volto a chorar. A chorar doces lágrimas de sal por tu já não seres real...

15/03/2012

Sem comentários:

Enviar um comentário