Despe-me,
Arranca-me as vestes,
Deixa-me desnuda,
Despida dos botões que me apertam,
Dos laços que me sufocam,
Que me calam a garganta,
Que me matam os suspiros.
Despe-me,
Arranca-me o gemido,
Deixa-me liberta,
Despida do pensar,
Apenas com o sentir
Na pele somente o teu deslizar.
Bocas quentes, molhadas,
Intensas, abraçadas,
Corpos salgados,
De gotas de salpicados,
Lambidas em desespero,
De tanto desejo incontido.
Despe-me,
Arranca-me o gritar,
O meu ventre vem vestir,
Preencher, conhecer,
Faz-me em ti me perder,
De por ti me render.
Despe-me,
Arranca-me o prazer!
[Não quero ouvir-te, amordaço a tua boca.
Não quero que me toques, amarro as tuas mãos.
Não quero que me vejas, tapo os teus olhos.
Quero roubar-te prazer no deleite da tua dor.]
Queres ser meu dono e senhor,
Sem me permitir sentir o sabor,
Sem me deixar tocar-te o fervor
Da tua lança que me trespassa,
Que me enche com loucura devasssa.
Rouba-me o prazer,
Sem que me possas ouvir,
Rouba-mo,
Dou-to sem te dar a saber...
JT: Obrigada!
30/03/2012
sexta-feira, 30 de março de 2012
Perder-me
Perder-me em ti,
Em novos sabores de pele,
Húmidas de intensos beijos,
Trocados,
Prolongados,
Sentidos em louco desatino
De línguas que se entrelaçam.
Perder-me em ti,
Em imenso desejar
Esse teu corpo
Que me enche as mãos ao passar,
Apertar-te a carne,
Puxar-te contra o meu peito,
Senti-lo tocado por lábios sedentos.
Perder-me em ti,
No passar da minha língua
Que desenha novas rotas,
Novos caminhos de quente saliva,
Descobrir-te os mais escondidos trilhos
Que te levam ao limite do tormento,
Do desejo de mais tortura,
De seres apenas objecto da minha imensa loucura.
Perder-me em ti quero,
Encher-te o corpo de mim,
De todo o meu desejo...
Em novos sabores de pele,
Húmidas de intensos beijos,
Trocados,
Prolongados,
Sentidos em louco desatino
De línguas que se entrelaçam.
Perder-me em ti,
Em imenso desejar
Esse teu corpo
Que me enche as mãos ao passar,
Apertar-te a carne,
Puxar-te contra o meu peito,
Senti-lo tocado por lábios sedentos.
Perder-me em ti,
No passar da minha língua
Que desenha novas rotas,
Novos caminhos de quente saliva,
Descobrir-te os mais escondidos trilhos
Que te levam ao limite do tormento,
Do desejo de mais tortura,
De seres apenas objecto da minha imensa loucura.
Perder-me em ti quero,
Encher-te o corpo de mim,
De todo o meu desejo...
30/03/2012
terça-feira, 27 de março de 2012
Inevitável
E o dia em que deixarei de te procurar chegará. É inevitável.
À medida que os dias vão passando, que as horas se vão tornando menos longas e os minutos já me deixam respirar, vais desaparecendo em mim.
Não falo de troca, não há trocas.
A vida não é um jogo em que se possam fazer substituições! Pelo menos no coração. Quando muito, e talvez na maioria das vezes, fazemos compensações. Sim, compensamos frustrações, desilusões, emoções por outras sensações que nos aumentem o bem-estar, a auto-estima, o ego. Ou então recorremos a subterfugios psico-trópicos que nos iludem a mente e nos invadem de sensações forçadas, apenas reacções químicas que nos fabricam sorrisos e abrandam os receios.
Mas não é disso que falo. E da tua intensidade em mim, da tua presença no meu sentir, da força imensa das tuas palavras na minha mente.
Quando te afastas, de cada vez que te afastas, aumentas o tempo do silêncio. E é nesse tempo, sem o sussurro do murmurar do teu me dar, que me vou habituando a sem ti estar.
E quando voltas, de cada vez que voltas com o sorriso nas palavras, na voz, reabres em mim um novo mundo de esperança e ilusões. Mas mais contido, à espera da próxima partida, à espera de um novo zarpar em mares que te são apetecíveis. Mais apetecíveis e que acabam por não te completar, por não te preencher, por te fazerem sofrer.
E nas tuas ausências procuro-te. Procuro sinais de ti, do teu passar por mim, dos beijos e abraços que não trocamos, dos olhares e toques de mão que não sentimos.
E cada vez menos te procuro. Cada vez menos te sinto a falta.
Sabes, somos de hábitos, de vícios. E eu viciei-me em ti. E eu habituo-me a viver, nesta ressaca de ausência tua, nesta abstinência forçada de não tomar de ti. E um dia ja não me farás falta, já estarei de ti curada...
E o dia em que deixarei de te procurar chegará. É inevitável.
27/03/2012
Presente
E não voltas a entrar na minha vida.
E eu desculpo-te qualquer mal que eventualmente tenhas causado em mim.
Mas o meu coração não esquece nunca.
Mas a minha alma continua a sentir-te a falta.
Sim, jamais voltarás a mim pois nunca partiste definitivamente, por completo.
Eu sei-te! Eu sinto-te!
Apenas e somente porque estás em mim. Porque ainda vives em mim!
Não precisas voltar com o teu mar, o teu sal cravado na pele, o teu cheiro de ventos quentes de outros mundos imaginados apenas nas nossas mentes. Não precisas regressar com as tuas palavras docemente intensas falando do teu sentir, do teu querer e desejar.
Não precisas: tenho-as gravadas na mente.
Vives em mim de forma tão única que te sinto o paladar, que te escuto a voz.
Na memória do meu viver, no mais profundo do meu ser, no meu simples respirar, és em mim algo latente, premente, pulsante, diariamente... Presente.
27/03/2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
Urgência de beijo
Urgência de beijo
De sabor, de toque,
De lábios quentes,
Primeiro suaves,
Deslizando a medo,
Bocas que se entreabrem,
Que se vao conhecendo,
Encaixando,
Percebendo.
Urgência de saber
O sabor da molhada saliva
Com a minha misturada,
Mesclada e saboreada.
Toques de língua
Que se entrelaçam devagar,
Mas com vontade de acelerar,
De comprimir, lamber,
Sugar e degustar.
Aumentar o respirar,
O doce e terno procurar,
Substituir por louco e intenso devorar!
Premente luxúria deste nosso beijo,
Urgência em te beijar...
De sabor, de toque,
De lábios quentes,
Primeiro suaves,
Deslizando a medo,
Bocas que se entreabrem,
Que se vao conhecendo,
Encaixando,
Percebendo.
Urgência de saber
O sabor da molhada saliva
Com a minha misturada,
Mesclada e saboreada.
Toques de língua
Que se entrelaçam devagar,
Mas com vontade de acelerar,
De comprimir, lamber,
Sugar e degustar.
Aumentar o respirar,
O doce e terno procurar,
Substituir por louco e intenso devorar!
Premente luxúria deste nosso beijo,
Urgência em te beijar...
26/03/2012
Nas tuas mãos
Nas tuas mãos vou-me entregar. Por completo. Mais cedo ou mais tarde cederia à tentação, à vontade de sentir a tua mão.
Para que possa ser, ter, aprender e dar.
Quero ser guiada por caminhos de sentidos nunca antes despertados, paladares contrastantes em meu palato degustados, de odores criados em suave fogo ardente de peles e suor mesclados, cores rubras no corpo de beijos salpicados de dedos na carne apertados, comprimidos, espalhados.
Ser um dia deusa venerada, vontades satisfeitas as minhas apenas, provar de ti, testar-te, provocar-te e desafiar-te ate ao limite. Ser no outro amada, de forma intensa e ritmada de corpos entrançados, unidos em sintonia. Ser depois tua, apenas tua de corpo e alma, entrega total em teus devaneios, desejos e loucuras.
Nas tuas mãos quero apenas tudo, nada menos que tudo.
Nas tuas mãos me quero sentir: amada, tocada, molhada, tomada, domada, aprisionada, amarrada, rendida, provada, extasiada, liberta em prazer... Mulher!
23/03/2012
Melhor sorte...
Tento escrever-te todos os dias. Como era hábito fazer. Como quando sabias que eram para os teus olhos lerem, o teu coração saber.
Hoje, não escrevo. E agora jamais para ti.
Partiste, foste embora, não me voltas a saber as palavras que te eram destinadas.
Outra terás que tas escreverá, que te fará sonhar mais além, mais forte e mais sentido.
Mesmo que não tenhas, não é importante.
O que importa é que te foste, que me deixaste neste mundo de letras soltas sem forma de as encaixar umas nas outras. Como fazia. Sem esforço. Sem pensar. Apenas o meu sentir que nas minha mente fluia, que nos meus dedos convergiam e se uniam em intensas palavras e nunca tão imensas como os meus sentires por ti.
Foste minha inspiração. E expiação.
Foste minha tentação. E meu pecado.
Foste tudo que desejei. Agora não peço nada. Não desejo, apenas peço que os dias sejam, cada dia mais pequenos e que passem depressa, velozes, para que este sentir, que me aperta, seja breve e em mim não se demore.
Hoje escrevo sem mote, sem razão para o fazer.
Talvez ainda pense que me lês, que me sentes.
Então sente. Sente em mim a morte.
A morte do meu querer, da minha razão de viver.
Mas sente apenas hoje porque hoje é o que sinto.
Amanhã, amanhã viverei e terei, sem dúvida, melhor sorte.
Hoje, não escrevo. E agora jamais para ti.
Partiste, foste embora, não me voltas a saber as palavras que te eram destinadas.
Outra terás que tas escreverá, que te fará sonhar mais além, mais forte e mais sentido.
Mesmo que não tenhas, não é importante.
O que importa é que te foste, que me deixaste neste mundo de letras soltas sem forma de as encaixar umas nas outras. Como fazia. Sem esforço. Sem pensar. Apenas o meu sentir que nas minha mente fluia, que nos meus dedos convergiam e se uniam em intensas palavras e nunca tão imensas como os meus sentires por ti.
Foste minha inspiração. E expiação.
Foste minha tentação. E meu pecado.
Foste tudo que desejei. Agora não peço nada. Não desejo, apenas peço que os dias sejam, cada dia mais pequenos e que passem depressa, velozes, para que este sentir, que me aperta, seja breve e em mim não se demore.
Hoje escrevo sem mote, sem razão para o fazer.
Talvez ainda pense que me lês, que me sentes.
Então sente. Sente em mim a morte.
A morte do meu querer, da minha razão de viver.
Mas sente apenas hoje porque hoje é o que sinto.
Amanhã, amanhã viverei e terei, sem dúvida, melhor sorte.
22/03/2012
Em ti dançar...
Danço ao som do eterno tango
Que nos juntou,
Que nos fez unir,
Sentir,
Partilhar e desejar.
Quente, demente,
Intenso de fervor,
De corpos que se sabem de cor,
Sem nunca se terem tocado,
Sem nunca se terem abraçado,
Sentido,
Espremido ou provado.
Danço ao som do teu mar,
Em que o rio do meu corpo
Insiste em desaguar,
Em se perder e em ti se fundir,
Se misturar.
Continuo a dançar em sonhos
De suave e doce mar,
De gotas de sal na pele,
Que insistem em me temperar,
De todo o teu sabor.
Anseios, loucos devaneios
De em ti, a ti me entregar,
De pela tua boca me deixar beijar,
De pela tua língua quente e húmida
Novos trilhos na pele te deixar criar,
De por tuas mãos te aprender a tocar,
De por minhas mãos me saberes provocar,
De por nossos poros novos cheiros, juntos, possamos criar.
Quero-me em ti a dançar,
Corpo que me possui,
Que me alimenta,
Que me acalma o fogo de mil cores de âmbar.
Quero-te em mim a entrar,
Ventre vertendo de mim,
Néctar que queres saborear,
Que de mim vai escorrendo,
Culpa desse teu domar,
Desse teu tomar e agarrar
Que me enche de prazer.
Vem, sente-me, prova-me,
Faz-me deixar de sonhar e
Ao som deste tango,
Em ti dançar...
22/03/2012
Lugar no coração...
No meu coracao nao havia lugares por ocupar, lugares vazios. Nao! O meu coracao era um completo e imenso mar salgado e morno. Um mar sem os salpicos da incerteza, sem o trovao das ondas da amargura, sem as mares dos amores e desamores.
Nao! O meu coracao era um mar calmo, sereno onde apetece navegar sem rumo.
Nao haviam em mim duvidas ou caminhos por descobrir. Era um passar de horas seguro, garantido e seria eterno ate acabar.
Ate ao dia em que tudo mudou.
E o mar revoltou-se e inundou o corpo desse calor que me arrepiou ate a alma.
E a calmaria transformou-se em tempestade de mar e vento e sal gotejante saltando no ar.
E veio a liberdade! A liberdade de sentir na boca o paladar do mar.
A liberdade de desejar querer mais do que esse gosto na pele. A vontade de saber a que sabe o mel de urze vertido na boca. A vontade de sentir no rosto o quente do vento sul com cheiro de chuva de verao e terra salpicada de gotas ou correr descalca no jardim de erva acabada de cortar. O cheiro das laranjeiras em ramos de flores brancas carregados do zumbir das abelhas.
Tocar pele na pele e sentir todos os estremeceres do desejo a fluir e a convergir em mim.
No meu coracao existem agora lugares vazios, que anseio tocados, sentidos e, sobretudo, preenchidos.
No meu coracao ha agora lugar para mim!
19/03/2012
As culpas...
A analise fria de uma relacao e algo que nao existe. Como avaliar de forma impessoal a relacao, os actos, as decisoes, as palavras ditas e as nao ditas?
Quem e totalmente isento nessa analise?
E impossivel! Isso seria como abstrairmo-nos dos nossos papeis nas nossas relacoes e analisarmo-nos, como se fosse um filme em que a nossa personagem se divide na que observa as accoes da outra.
E mesmo assim, analisando de fora, seria muito pouco provavel que os nossos sentimentos nao nos acompanhassem na assistencia.
E como custa a auto-analise dura e crua de nos proprios, da nossa forma de estar perante os outros.
E se falarmos numa relacao amorosa que nao resulta... Bem isso e entao impossivel.
Somos invadidos por sentimentos que nos toldam a percepcao dos acontecimentos.
E se amamos, a distancia do amor ate ao odio e infima. E quantas vezes odiamos? E quantas vezes nesse odio somos e dizemos o que nao queremos por estarmos consumidos por esse vil sentimento que se apodera de nos, nos controla.
E admitir que somos imperfeitos? Admitir que erramos? Admitir que somos passiveis de ter a nossa quota parte de responsabilidade no nao ter dado certo?
As culpas nunca sao so tuas, so minhas. Sao dos dois. Uma relacao e feita a dois.
E eu que nao agi e tu que nao esperaste.
E eu que demorei e tu que te desesperaste.
E eu que sonhei e tu que te iludiste.
E eu que nao tive coragem e tu que te desdizeste.
E eu que era coerencia e tu a eterna inconstancia.
As culpas? Sei la de quem sao as culpas...
19/03/2012
sexta-feira, 16 de março de 2012
Come de mim...
Come de mim,
Do meu corpo,
Da minha pele.
Sente-me o sabor fresco e ácido dos seios,
Sente-me o gosto quente e doce da boca,
Sente-me o paladar intenso e lânguido do meu ventre.
Come de mim!
Saboreia cada pedaço de pele,
Enche cada poro meu
Com esse sabor que é teu,
Da tua língua molhada,
Deslizando em mim,
Arrepiando-me,
Levando meu corpo a reagir,
A libertar-se em odores de desejo,
Odores de fêmea que deseja macho,
De mulher que ser tua.
Entra em mim,
Deixa-me o ventre em frenezim,
Preenche-me de ti,
Dá-me prazer,
Faz o meu néctar descer,
Não páres,
Come de mim!
16/03/2012
Do meu corpo,
Da minha pele.
Sente-me o sabor fresco e ácido dos seios,
Sente-me o gosto quente e doce da boca,
Sente-me o paladar intenso e lânguido do meu ventre.
Come de mim!
Saboreia cada pedaço de pele,
Enche cada poro meu
Com esse sabor que é teu,
Da tua língua molhada,
Deslizando em mim,
Arrepiando-me,
Levando meu corpo a reagir,
A libertar-se em odores de desejo,
Odores de fêmea que deseja macho,
De mulher que ser tua.
Entra em mim,
Deixa-me o ventre em frenezim,
Preenche-me de ti,
Dá-me prazer,
Faz o meu néctar descer,
Não páres,
Come de mim!
16/03/2012
Desencontros...
Os desencontros são algo que me fascina.
Como podem duas pessoas desencontrarem-se nos dias que correm? Só se uma delas ficar sem bateria no telemóvel! E ainda assim, serão poucas que realmente se desencontram.
Mas não é destes desencontros que falo. É dos outros, daqueles do coracao. De quando duas pessoas se apaixonam ou não.
Sim, duas pessoas que se amam podem desencontrar-se. Porque um encontro na altura errada, num momento menos propício ao amor, seja porque já se tem um compromisso ou porque a vida profissional não permite "assentar", pode acontecer. E a paixão torna-se um desencontro de almas porque sofrem por não se encontrarem e viverem em constante desencontro.
As desculpas para estes desencontros são o que mais me seduz: não era o momento certo ou já não tinha de ser.
Mas que raio!! Se não era o momento certo porque aconteceu?
Porque duas pessoas se encontram e sentem e amam naquele preciso momento e porque se completam!
E quantas vezes o repetem mutuamente em telefonemas e mensagens de amor que trocam ao longo das horas, longas e sem vida, em que nao estao juntos?
E não era o momento certo, este de encontrar quem nos preencha, quem nos faça palpitar de vida?
Então qual será?
Mas a que mais me faz pensar e quando dizem que não estava destinado a ser, a acontecer, a ficarmos juntos.
Mas depende de quem para além dos que amam?
Depende da inércia de quem deve dar o passo e se deixa ficar naquele lugar sem tempo, sem espaço que é o medo.
Arranjam milhentas desculpas e não avançam, não se atiram ao precipício de amar e se entregar.
Sim, eu também tenho medo e também fico suspensa nesse lugar.
E o nosso desencontro, acabo por provocar apenas com o receio de arriscar...
Arriscar a ser feliz...
15/03/2012
Inacabado
Há sentimentos que não se explicam.
Tomam conta de nós como se de uma erva daninha se tratassem: não sabemos como aparecem, ganham raízes profundíssimas e nunca desaparecem. Por mais que tentemos estão lá sempre. E mesmo que pensemos que acabaram, que desapareceram de vez, desenganem-se pois reaparecem com mais força ainda, enterrando-se e embrnhando-se ainda mais.
Há sentimentos assim, que se prendem nas nossas entranhas, que se escondem no âmago do nosso ser e ali ficam, adormecidos, à espreita da melhor oportunidade para aparecerem. Para nos voltarem a atormentar! Sim apenas para isso.
Sentimentos que gostaríamos de nunca experimentar. Que nos fazem sofrer vezes sem conta sempre que decidem voltar.
E trazer com eles esses desejos impensados de mar e de beijos nunca dados, mas sentidos e quase provados.
Tu és assim, apareces e desapareces de forma inconstante e repetida e sempre que te perco arranco-te da minha vida.
Qual erva daninha que não se quer, não se deseja.
E de vez em vez, regressas e fazes-me acreditar de novo que tudo é possível, que o sonho é realizável. Com essa força que só tu tens, que só tu consegues fazer vibrar em mim.
Sim, és como uma erva daninha, nunca desapareces.
És um constante, premente e presente sentimento inacabado...
15/03/2012
Lágrimas
Escorrem, abrem caminhos na pele do rosto, vivem sem margens, morrem na boca.
Boca que tantas vezes se inundou com beijos de água com sabor teu.
Sabor que não esquecerei, sabor em que me viciei.
Vício que se entranha na pele, que me corre no quente fervilhar do líquido que me faz viver, que me faz pulsar.
E como pulsou ao ver o teu olhar. E como pulsa apenas de te pensar.
E revivo os momentos nossos, preciosos no amar, no beijar e no partilhar.
E o sorriso volta a brilhar por até voltar a imaginar aqui, ao meu lado, respirando e vivendo do mesmo sonho que eu sonhei.
Os dias que junto a ti passaria, os minutos que ao teu lado correriam rápidos, velozes, sem medo do futuro.
Futuro que adormeceu. Que quebrou. Que não aconteceu.
E o sonho morreu.
E eu volto a chorar. A chorar doces lágrimas de sal por tu já não seres real...
15/03/2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
Silêncio VI
Os silêncios que me inundam hoje são os teus silêncios. Poderiam ser os meus, mas não, são os teus.
São as tuas dúvidas que me invadem o pensamento de forma arrepiante e profunda.
Penso os teus silêncios na minha mente. Sinto os teus silêncios no meu corpo.
Não é a tua ausência. Estás cá, presente, sempre em mim, comigo, ao meu lado portanto, não é de todo a falta de ti qe sinto. É o teu silêncio.
O silêncio de quando me observas os movimentos e me queres perceber, sem perguntar.
O silêncio de quando me lês as palavras e tentas perceber significados ocultos em frases quase sempre sem qualquer outro sentido, sem perguntar.
O silêncio de quando te martirizas imaginando-me em fantasias deitada numa cama que não partilhas, acompanhada de outro que não tu, sem perguntar.
Silêncio é o que te devolvo, pois sem perguntas não há o que dizer.
Pois sem palavras escritas, não existem cartas respondidas.
Pois sem folhas ao vento, não há Outono. Sem flores de cheiro não há Primavera.
Como sem o teu sal, o meu mar não é igual.
Mas no meu silêncio, neste que não te invade porque de mim te abandonaste, há toda a minha vida, existem todos os meus passos, todos os meus sentimentos, todos os que te são dedicados.
Os silêncios que me invadem são os teus.
São os silêncios de quem opta por não me falar e ainda assim, no silêncio que é teu, que me constrange, me parecer cobrar. Cobrar de mim. Do que me queres. Do que me desejas.
Do silêncido do que me amas e tantas, mas tantas vezes me odeias.
15/03/2012
Todos os cheiros
Os dias são ricos em acontecimentos, nada mais simples e básico.
Há passagens durante o dia que são banais aos nossos olhos e quase, quase passam despercebidas.
E há momentos que nos marcam de forma profunda e, inegavelmente ficam em nós gravados, cravados na memória, como uma lapa na rocha, daquelas que teimam em não sair, em não largar de nós. Imagens que nos saltam à lembrança dos olhos e dos sentidos e nos fazem reviver de novo esses momentos.
Como certos cheiros. Eu tenho gravados na memória cheiros. A minha memória é carregada de cheiros.
O cheiro dos meus primeiros anos de vida, em que as caixas de botões de todos os feitios, se abriam e traziam com elas o cheiro mágico de horas passadas em mundos divididos em degradees de cores e tamanhos.
O cheiro dos cadernos e livros escolares quando chegavam a casa, ainda sem a marca lateral na capa de nunca terem sido abertos, lidos, escritos. Ou do lápis com a ponta perfeitamente afiada e que teimava em não deixar a minha mão desenhar as letras como deveriam ser desenhadas.
Sim, estes cheiros estão gravados em mim e tão vivos como outros cheiros mais recentes.
Há cheiros que me relembram momentos e fases da vida: o cheiro de um sabonete que tem no nome os campos do nosso país; o cheiro do eucalipto que, por momentos, limpava minha alma; o cheiro dos cabelos aquando o abraço da mãe e, sem dúvida, o cheiro da madeira e das colas que, quando trabalhadas pelas mãos do meu pai e aos meus olhos, criavam verdadeiras obras de arte.
O cheiro da Primavera com perfumes de flores, de canteiros de tulipas e frésias brancas e amarelas, de prímulas no jardim ao lado do poçoo de água, que não derramava uma única gota, de violetas, singelas e pequenas...
E o cheiro das pessoas.
Sim, dessas que abraço na minha vida que, por qualquer razão, se cruzam por mim, comigo e em mim.
E as que se cruzam em mim são as que deixam os cheiros mais intensos. São cheiros únicos, inimitáveis, inigualáveis, insubstituíveis.
São cheiros completos... Os cheiros dos sorrisos nos lábios, o cheiro do poder de uma companhia, do abraço de uma amizade, do beijo intenso de um amor ou da lágrima a cair por desamor. São parte de mim, são o que fizeram de mim o que sou hoje.
E guardo-os a todos, assim como a um tesouro, com o maior dos cuidados, naquele lugar especial da memória: a alma. Na minha alma guardo todos os cheiros...
15/03/2012
Há passagens durante o dia que são banais aos nossos olhos e quase, quase passam despercebidas.
E há momentos que nos marcam de forma profunda e, inegavelmente ficam em nós gravados, cravados na memória, como uma lapa na rocha, daquelas que teimam em não sair, em não largar de nós. Imagens que nos saltam à lembrança dos olhos e dos sentidos e nos fazem reviver de novo esses momentos.
Como certos cheiros. Eu tenho gravados na memória cheiros. A minha memória é carregada de cheiros.
O cheiro dos meus primeiros anos de vida, em que as caixas de botões de todos os feitios, se abriam e traziam com elas o cheiro mágico de horas passadas em mundos divididos em degradees de cores e tamanhos.
O cheiro dos cadernos e livros escolares quando chegavam a casa, ainda sem a marca lateral na capa de nunca terem sido abertos, lidos, escritos. Ou do lápis com a ponta perfeitamente afiada e que teimava em não deixar a minha mão desenhar as letras como deveriam ser desenhadas.
Sim, estes cheiros estão gravados em mim e tão vivos como outros cheiros mais recentes.
Há cheiros que me relembram momentos e fases da vida: o cheiro de um sabonete que tem no nome os campos do nosso país; o cheiro do eucalipto que, por momentos, limpava minha alma; o cheiro dos cabelos aquando o abraço da mãe e, sem dúvida, o cheiro da madeira e das colas que, quando trabalhadas pelas mãos do meu pai e aos meus olhos, criavam verdadeiras obras de arte.
O cheiro da Primavera com perfumes de flores, de canteiros de tulipas e frésias brancas e amarelas, de prímulas no jardim ao lado do poçoo de água, que não derramava uma única gota, de violetas, singelas e pequenas...
E o cheiro das pessoas.
Sim, dessas que abraço na minha vida que, por qualquer razão, se cruzam por mim, comigo e em mim.
E as que se cruzam em mim são as que deixam os cheiros mais intensos. São cheiros únicos, inimitáveis, inigualáveis, insubstituíveis.
São cheiros completos... Os cheiros dos sorrisos nos lábios, o cheiro do poder de uma companhia, do abraço de uma amizade, do beijo intenso de um amor ou da lágrima a cair por desamor. São parte de mim, são o que fizeram de mim o que sou hoje.
E guardo-os a todos, assim como a um tesouro, com o maior dos cuidados, naquele lugar especial da memória: a alma. Na minha alma guardo todos os cheiros...
15/03/2012
O dia chegou...
E quando chega o dia? Como se reage, o que se diz, o que nao se diz, o que se acaba por dizer e nao deveria ser dito?
Como e quando chega o dia? Sem aviso, numa decisao que ja vinha tomada? Ou e naquela fraccao de segundo em que, na nossa mente, se acabam os sonhos?
E que acontece ao cheiro do mar?
Transforma-se em agua pestilenta e nauseabunda? Fica mar, estagnado de agua que apenas sabe a mar, sem vida, ali parada, nas memorias do que outrora foi o sonho de uma vida?
E o sabor das salivas unidas em longos e apaixonados beijos? Ficarao para sempre gravados nos agora ressequidos labios por ausencia de molhadas linguas de beijos?
E o sol? E o sal na pele que trazem o paladar de terras quentes e de aguas e gotas de chuva mornas?
Que sera da vida de quem ama quando chegar essee dia?
O dia, para mim, chegou hoje.
Calado, mudo, carregado de palavras inaudiveis, invisiveis, impalpaveis, mas sentidas na alma.
Palavras que nao dizem adeus, nem ate sempre, nem foi bom ou foi mau... Palavras inexistentes no dia que hoje chegou.
E amanha? Paraste para pensar no amanha? No meu, no teu, no nosso amanha?
Acordarei com sol na janela e serei cega para o ver?
Acordarei com laranjeiras em flor, com o odor do mar numa brisa gelada de manha de Primavera e o seu cheiro nao me vai invadir o corpo?
Acordarei ouvindo, sentindo, tendo paladar e gosto, cheiro e tacto?
Acordarei sequer deste torpor que o dia de hoje veio impor...
14/03/2012
Lugar especial
Ha sempre um lugar onde somos capazes de nos sentir felizes, quase no paraiso. Um lugar especial, que nos acalma, que nos faz olhar os dias de forma diferente.
Todos temos um lugar desses, onde o mundo para e o tempo nao traz gente.
Um lugar onde as nuvens partem e quando chove sao gotas de orvalho morno, singelas e suaves gotas, que se cravam na pele aquecida pelo sol.
Um lugar onde o salgado na face que escorre pelo canto dos olhos ate aos labios, sao salpicos das ondas desse mar que nos faz sentir pequenos e com vontade de nele mergulhar.
Todos temos um lugar assim, onde as estrelas formam um caminho imaginario no ceu que, percorremos quando deitados no solo com cheiro a urze e pinho, intensificado pelo humido inconfundivel da noite.
Sim, eu tambm tenho um lugar desses. E unico, especial e so meu.
E um lugar que me faz bem, onde me liberto de todos os medos, ansiedades, receios. Onde a noite se torna dia e o odor do fracasso se converte no forte e intenso perfume de gardenias ou laranjeiras. Onde o burburinho das criticas e preconceitos se transformam em palavras poeticas e frases de amor e conquista.
Sim, eu tenho um lugar onde sou eu mesma, onde nao ha espaco para duvidas, para indecisoes ou maus pensamentos.
Sim, na forca dos teus bracos, no calor do teu peito, no viver do teu respirar, eu encontrei o meu lugar perfeito
13/03/2012
Sou sonho...
Sou sonho,
Nesta hora que tarda em passar,
Neste dia que não deseja terminar,
Em minutos que demoram o teu chegar.
Sou sonho,
Contido de mulher que sente,
Que deseja na pele teu toque
Quente e suave deslizar,
Num abraço que não quer acabar.
Sou sonho,
De lábio tocado,
De línguas molhadas em beijo trocado,
Entrelaçadas,
Amarradas,
Sugadas, provadas.
Sou sonho,
Desejo insano e demente,
De te sentir descer,
Entrar-me no ventre,
Movimento que me enlouquece,
Que me preenche,
Que me descontrola
Movimento e pensamento,
Corpo que estremece,
Que ondula sem sentido,
Em vibrações e convulsões
Desse imenso prazer
Que sempre me apetece.Sou sonho,
Vontades,
Delírio,
Insanidades
Neste corpo que é teu,
Que nunca te esquece...
13/03/2012
sexta-feira, 9 de março de 2012
Terra. Limbo. Céu.
Terra. Limbo. Céu.
Caminho que me fazes percorrer,
No toque do suave deslizar de ponta de dedos,
Molhados em lábios meus,
Sedentos de teu sabor saber.
Mulher intensa que despertas
Com teu doce e suave querer,
Que me desconcentras,
Que me fazes viajar para recantos
De mim, de ti, de nós que não sabemos,
Que descobrimos, a cada beijo.
Vontade de parar e de não ficar,
Vontade de me soltar e me entregar
Nos dedos, lábios teus,
Percorrendo em corpo meu,
Sabendo-me onde tocar,
Como em meu ventre,
Húmido,
Faminto,
Saber penetrar.
Vai e vem tresloucado,
Imenso e tenso
Em mim trespassado,
Mostrando-me o que é o prazer,
De até ao céu voar poder...
Foto e legenda encontrados, por aí...
Caminho que me fazes percorrer,
No toque do suave deslizar de ponta de dedos,
Molhados em lábios meus,
Sedentos de teu sabor saber.
Mulher intensa que despertas
Com teu doce e suave querer,
Que me desconcentras,
Que me fazes viajar para recantos
De mim, de ti, de nós que não sabemos,
Que descobrimos, a cada beijo.
Vontade de parar e de não ficar,
Vontade de me soltar e me entregar
Nos dedos, lábios teus,
Percorrendo em corpo meu,
Sabendo-me onde tocar,
Como em meu ventre,
Húmido,
Faminto,
Saber penetrar.
Vai e vem tresloucado,
Imenso e tenso
Em mim trespassado,
Mostrando-me o que é o prazer,
De até ao céu voar poder...
Foto e legenda encontrados, por aí...
09/03/2012
Invadida...
Invadida, hoje sinto-me invadida. Um sentimento que não entendo, que não se faz explicar, que não me deixa pensar.
Invadida por um cheio vazio, enchida de si próprio. Um sentimento que me tomou por completo, que se apoderou de mim, do que sinto, do que penso, do que me apetece, do que desejo.
Sim! Completamente tomada por este sentimento. Por isso invadida me sinto.
Um querer que não quer. Um desejar que não desejo. Um sentir que não se sente sentindo.
Amarrotada nas entranhas de tão cheia desta ausencia que me preenche. Sufocada pelo ar fresco e frio que se solta e entra em mim.
Compreendes-me? Já alguma vez sentiste algo assim parecido, que te empurrasse para baixo, te fizesse encolheres-te, com o peso do nada que te enche o corpo, o pensamento, a alma?
Alguma vez sentiste a falta?
Alguma vez sentiste saudade? A invasão do peso da ausência que é a saudade?quarta-feira, 7 de março de 2012
Pecado
Sou corpo de delito,
Pele que peca,
Sabor que nao se esquece,
Odor que te cerca.
Sou desejo
Intenso,
Imenso,
Incontrolavel,
Sou calor que te aquece,
Num beijo que apetece,
Molhado,
Trocado,
Partilhado e saboreado,
Em linguas que se humedecem,
Em gostos misturados.
Sou tentacao,
Sou loucura,
Tua paixao,
Perdicao incontida.
Sou corpo que te envolve,
Pernas entrelacadas,
Abracos e maos dadas.
Sou ventre que te recebe,
Masculo, profundo e forte,
Sou teu querer, teu obedecer,
Tua entrega a este prazer.
Sou pecado que apetece
E ter-me e algo que...
Nao se esquece.
Pele que peca,
Sabor que nao se esquece,
Odor que te cerca.
Sou desejo
Intenso,
Imenso,
Incontrolavel,
Sou calor que te aquece,
Num beijo que apetece,
Molhado,
Trocado,
Partilhado e saboreado,
Em linguas que se humedecem,
Em gostos misturados.
Sou tentacao,
Sou loucura,
Tua paixao,
Perdicao incontida.
Sou corpo que te envolve,
Pernas entrelacadas,
Abracos e maos dadas.
Sou ventre que te recebe,
Masculo, profundo e forte,
Sou teu querer, teu obedecer,
Tua entrega a este prazer.
Sou pecado que apetece
E ter-me e algo que...
Nao se esquece.
06/03/2012
Só sei que meu corpo pediu...
So sei que meu corpo pediu
Teu toque, teu beijo,
Tua pele na minha encostada,
Sentir-te em mim o desejo,
De por ti ser amada.
So sei que meu corpo pediu,
Que tua boca me beijasse,
Que tua lingua por mim passeasse
Devagar por meus recantos
E em mim criasses novos percursos
Molhados,
Salgados,
Provados,
Assumidos como nossos.
So sei que meu corpo pediu
Teu calor e teu sabor,
Teu tomar-me sem pudor,
Teu prazer dentro do meu.
Prazer que o corpo anseia
Numa corrente de arrepios,
Contorcoes e gemidos,
Numa fonte de sabores,
Odores e fluidos
Que sao apenas nossos.
So sei que meu corpo pediu
E que nao posso negar-lhe
Tanto querer e tao imenso prazer.
07/03/2012
Teu toque, teu beijo,
Tua pele na minha encostada,
Sentir-te em mim o desejo,
De por ti ser amada.
So sei que meu corpo pediu,
Que tua boca me beijasse,
Que tua lingua por mim passeasse
Devagar por meus recantos
E em mim criasses novos percursos
Molhados,
Salgados,
Provados,
Assumidos como nossos.
So sei que meu corpo pediu
Teu calor e teu sabor,
Teu tomar-me sem pudor,
Teu prazer dentro do meu.
Prazer que o corpo anseia
Numa corrente de arrepios,
Contorcoes e gemidos,
Numa fonte de sabores,
Odores e fluidos
Que sao apenas nossos.
So sei que meu corpo pediu
E que nao posso negar-lhe
Tanto querer e tao imenso prazer.
Obrigada pela inspiração Maria José
Mulher
Sou forca, sou fragil,
Sou doce e agreste,
Sou teu sonho,
Teu desejo,
Tua loucura,
Tua sorte.
Sou lagrimas de alegria,
Sorrisos de sarcasmo,
Sou inteligencia emotiva,
Doce olhar que te conquista.
Sou menina a proteger,
Sou mulher a dar prazer.
Sou destino que te foge,
Sou palavras no ouvido,
Sussurro que te envolve
Sou misterio que seduz,
Que fascina,
Que enlouquece.
Sou corpo que se move,
Sensual, inebriante,
Inesquecivel, desejavel,
Intocavel.
Sou dona de um poder
Que e inexplicavel.
Sou tua imensa vontade,
Sou perdao e sou suplica,
Sou meiga e sou arisca,
Sou teu anjo protector,
Sou teu pecado e tentacao maior!
Sou dor e sou amor,
Sou odio e rancor,
Sou um mundo a descobrir,
Sou um mundo por definir,
Sou tudo o que pode haver,
Sou enfim, MULHER!
Sou doce e agreste,
Sou teu sonho,
Teu desejo,
Tua loucura,
Tua sorte.
Sou lagrimas de alegria,
Sorrisos de sarcasmo,
Sou inteligencia emotiva,
Doce olhar que te conquista.
Sou menina a proteger,
Sou mulher a dar prazer.
Sou destino que te foge,
Sou palavras no ouvido,
Sussurro que te envolve
Sou misterio que seduz,
Que fascina,
Que enlouquece.
Sou corpo que se move,
Sensual, inebriante,
Inesquecivel, desejavel,
Intocavel.
Sou dona de um poder
Que e inexplicavel.
Sou tua imensa vontade,
Sou perdao e sou suplica,
Sou meiga e sou arisca,
Sou teu anjo protector,
Sou teu pecado e tentacao maior!
Sou dor e sou amor,
Sou odio e rancor,
Sou um mundo a descobrir,
Sou um mundo por definir,
Sou tudo o que pode haver,
Sou enfim, MULHER!
terça-feira, 6 de março de 2012
Quando sabemos?
E como sabemos que chegou ao fim? Que o sentimento que une duas pessoas, jã não é igual?
Quanto tempo dura? Quanto tempo demora a acabar? É de um dia para o outro? E sabem-se quais os sinais? Há sinais típicos do acabar de um amor? E é igual para todos? É igual para ti e para mim?
Como sabes que acabou? Acabou mesmo ou está adormecido, impedido de crescer, impedido de desaparecer?
Tens razão: se está num impasse, num "não ata nem desata" que fazemos aqui, amarrados um ao outro, por palavras que nos enchem apenas os sonhos?
E o amor não é sonhar? Os sonhos alimentam o amor enquanto os dias não se podem concretizar. Não achas? Não te chega para continuar a amar?
Não te é suficiente para esperar?
É que o meu não acabou! O meu sentimento não acabou! Continua aqui, cá dentro, intenso, imenso como o primeiro beijo, cravado, gravado em mim.
Sinto, todos os dias sinto o teu beijo, o teu abraço, o teu olhar em mim. E isso é real, não ilusão, não sonho. Sentido, tocado, partilhado: eu em ti e tu em mim.
Digo-te que não acabou! Sei que não acabou! Sabes porque? Porque dói!
Dói esta ausência de palavras que me alimentavam.
Dói este imenso sentir que não quer sair.
Dói este sonhar carregado de desilusão.
Mas a culpa não é tua. E compreendo que chegou a tua hora de avançar. Seja qual for o caminho.
E eu, eu terei de aprender a viver este sentimento, que devia ser a dois, apenas comigo...
05/03/2012
sexta-feira, 2 de março de 2012
Amantes...
O que une os amantes? O amor, a cumplicidade, o perigo desse jogo feito de encontros, mais ou menos ocasionais? A luxuria levada ao extremo pela ansiedade da entrega ao outro? Apenas ao toque ou toda a partilha de momentos fora desse mundo unico? O que une os amantes eu nunca soube!
O que sei e que os dias vazios e iguais de todas as semanas, multiplicados por meses e ate anos, os levam procurar ser feliz.
E o que os faz feliz nos bracos desse alguem que, de um momento para o outro, passa a preencher essa lacuna? E a atencao que da ao outro, que se recebe do outro? E a amizade latente sem segunda intencao, ou talvez sim, com segunda e terceira e quarta intencao. Que importa?
O que une os amantes eu nao sei!
Mas sei o que me une a ti!
A vontade de nos sabermos, a cumplicidade da troca de segredos, que de meus, teus, passaram a nossos. Os dias que so sao dias quando te falo, te ouco, me dizes essas palavras que me dao conforto, que me mostram que te recordas de mim, algures no teu dia. Pequenas conversas, palavras, musicas com muito ou nenhum significado, tocadas ao som dos nossos partilhados momentos.
E depois, depois vem o toque, o som, o cheiro e o coracao a bater forte.
Ontem, perdi-me nesse teu olhar, carregado de suave mar salgado.
Desejei ousar sentir o gosto da tua boca perfeitamente encaixada num beijo sublime! E sabes como eu adoro beijos ternos e doces de carinho, beijos escaldando de vontades de beijos perdidos em tantos outros recantos de corpos suados, do nosso sal temperados!
Ontem, senti o calor que o teu corpo emana perto do meu, qual sol que me aquece, que se entranha, lentamente na pele e me aconchega a alma!
Senti-te as maos no rosto, olhar que e tentacao e revelar que jamais foi apenas seducao.
Ontem fui deusa por ti venerada, adorada e amanha quero ser a tua serva, preencher-te as vontades.
Nao me interrompas... Os amantes sabem todas as duvidas, todas as incognitas, todas as ilusoes e desejos e saudades, vontades e tudo que mais te lembrares!
Eu sei o que nos une! A nos e a esperanca de, um dia, deixarmos de ser amantes!
02/03/2012
quinta-feira, 1 de março de 2012
Silêncio nosso...
Os silêncios são sempre considerados como algo constrangedor, como falta de diálogo, falta de cumplicidade.
Mas eu falo de outros silêncios: os dos amantes, pois esses são outros.
Tão carregados de palavras e sons com significados imperceptíveis a qualquer outra pessoa que não quem entra nesse surdo e imenso diálogo.
Diálogos que falam de um mar de sensações, de sentimentos. Por vezes turbilhão de palavras de amor que rasam no sentir do corpo, da pele, dos lábios, por vezes calmaria suave de brisa de Verão no mais fundo da alma.
Os silêncios de quem ama são um mundo infinito de palavras não proferidas, mas ditas num olhar, num toque, num abraço.
E como falam os abraços dos amantes!
São fortes, intensos e de um constante Olá/Adeus. Um até logo que não se espera, que não se deseja, que não quer sentir e, muito menos, tornar real com o som dos nossos receios.
Mas não é dos silêncios dos abraços que quero falar. É do nosso silêncio.
Sim, esse. O que nos mergulha nesta incerteza de querer e não saber ou de saber e não querer, que nos invade no mais profundo âmago do nosso ser.
Silêncios de certas incertezas, de todas as afirmações proferidas em momentos em que o silêncio é a nossa pele molhada deixando transparecer, numa pauta mágica que só nós conseguimos ler, ouvir, sentir, todo o amor que nos faz aqui estar, juntos neste imenso e vasto amar de silêncios.
Esses que nos ficam gravados na ponta dos dedos, nos lábios sedentos, no corpo esfomeado e que vamos ouvindo nos dias em que os outros, os dos comuns mortais sentem, se apodera de nós.
E vamos revivendo, dia após dia, os silêncios da nossa entrega, até que de novo possamos fazer novos silêncios, silêncios de amantes.
E eu, eu quero me inundes desse teu (nosso) silêncio para sempre.
Mas eu falo de outros silêncios: os dos amantes, pois esses são outros.
Tão carregados de palavras e sons com significados imperceptíveis a qualquer outra pessoa que não quem entra nesse surdo e imenso diálogo.
Diálogos que falam de um mar de sensações, de sentimentos. Por vezes turbilhão de palavras de amor que rasam no sentir do corpo, da pele, dos lábios, por vezes calmaria suave de brisa de Verão no mais fundo da alma.
Os silêncios de quem ama são um mundo infinito de palavras não proferidas, mas ditas num olhar, num toque, num abraço.
E como falam os abraços dos amantes!
São fortes, intensos e de um constante Olá/Adeus. Um até logo que não se espera, que não se deseja, que não quer sentir e, muito menos, tornar real com o som dos nossos receios.
Mas não é dos silêncios dos abraços que quero falar. É do nosso silêncio.
Sim, esse. O que nos mergulha nesta incerteza de querer e não saber ou de saber e não querer, que nos invade no mais profundo âmago do nosso ser.
Silêncios de certas incertezas, de todas as afirmações proferidas em momentos em que o silêncio é a nossa pele molhada deixando transparecer, numa pauta mágica que só nós conseguimos ler, ouvir, sentir, todo o amor que nos faz aqui estar, juntos neste imenso e vasto amar de silêncios.
Esses que nos ficam gravados na ponta dos dedos, nos lábios sedentos, no corpo esfomeado e que vamos ouvindo nos dias em que os outros, os dos comuns mortais sentem, se apodera de nós.
E vamos revivendo, dia após dia, os silêncios da nossa entrega, até que de novo possamos fazer novos silêncios, silêncios de amantes.
E eu, eu quero me inundes desse teu (nosso) silêncio para sempre.
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