quarta-feira, 20 de junho de 2012

Morta

Hoje acordei morta,
Sem vida em mim,
Sem sangue quente que corra,
Que me aqueça a pele,
Que me renove a alma,
Dormente neste corpo inerte,
Que é estéril ao toque,
Que não sente,
Não vibra,
Não se arrepia com a brisa
Que fustiga sem clemência
O árido deserto,
Seco,
Infértil,
Agreste que é um corpo
Assim, como o meu,
Vazio.
Hoje acordei morta,
Sem vontade de renascer,
De apenas esperar
Que a morte me venha colher...

2012/06/15

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