domingo, 14 de agosto de 2011

De volta...

Cheguei cedo, antes da hora marcada. Ainda não chegaste. Já não te vejo desde a tua última vinda cá ao Porto. Nem me lembro quando... Como sempre, combinamos no nosso hotel, no bar.
Afinal, também tu chegaste cedo. Levantei-me na tua direcção... Vi o teu olhar devorar-me por inteiro. Senti-me despida de roupas, nua à tua frente. E o teu olhar a saborear-me o peito, as pernas, as coxas... E, apesar de nos conhecermos há tanto tempo, ainda consegues deixar-me envergonhada.
Olhas-me agora directo nos olhos. Um suave roçar de lábios faz-me perceber o quanto me queres hoje.
No elevador apenas me olhas, com o teu olhar devorador, a deixar-me incomodada com tanta vontade de mim... E ao mesmo tempo excitada. O teu olhar excita-me, antecipo todos os teus movimentos ao redor do meu corpo e a respiração aumenta de intensidade... Como te desejo! Como consegues fazer-me querer-te pelo prazer. Como somos tão iguais neste querer. Prazer de sexo sem pudor e sem complexo. Como o meu corpo reage apenas com o teu olhar, o teu cheiro... Como tenho falta do teu sabor, do teu toque que me arrepia sempre a pele. Como sabes onde me tocar, o que me faz delirar e ser tua. Quanta vontade acumula em mim...
A porta do quarto abre-se e deixo-te entrar primeiro para me assegurar que estou salva do teu sedento ataque à minha boca. Quero fazer-te esperar. Desejar e implorar por mim. Vou fazer-te sofrer de tanta vontade. Vou fazer-te acumular o tesão por mim até quase perderes o controlo...
Viro-me para fechar a porta e apertas-me contra ela:
- Saudades de ti. Tantas saudades de ti. Sentes?
E como sentia! Não resisti a levar a minha anca de encontro à tua. Sentir-te, duro de vontade, nas minhas nádegas, deixa-me louca! E o ritmo das ancas aumenta e eu adoro roçar-me em ti.
As tuas mãos percorrem-me o corpo por cima do vestido. Procuras desapertar os botões por entre o meu corpo e a porta. Soltas-me os seios e sinto a tua mão apertar-me o mamilo e o seio... Suspiras no meu ouvido:
- Saudades. Como te quero.
E a tua mão faz-me o vestido subir pelas pernas, pelas coxas, páras na cintura. E encostas-te a mim. Cada vez mais duro, mais forte... A minha mão deliza no fecho das tuas calças, abrindo-o... Toco-te e gemes de prazer... Um estremecer de corpo e deslizas na minha mão...
Não aguento mais:
-Quero-te! Quero-te! - E afasto as pernas e a lingerie, a pedir para me fazeres tua. E sinto-te entrar em mim: devagar, a saborear cada pedacinho de mim. Todo. Meu Deus, como adoro sentir-te entrar em mim! Ter-te dentro de mim!
E inicias um louco e frenético vai-e-vem que me faz roçar o peito nu e os mamilos na porta. Tanta vontade ali expressa. E sentir-te enterrares-te em mim ali mesmo, sem me despires, só aquele tesão louco de semanas de espera e desejo, fez-me ser tua mais depressa do que queria:
- Não aguento mais! Vou ser tua! Queres? Queres que te mostre como me deixas louca?
- Quero! Mostra-me, deixa-me sentir-te...
E não aguento ... Nem tu e sinto que me enches desse nectar quente e espesso.
Encostas-te às minhas costas e eu à porta. O primeiro beijo e digo-te:
- Bem-vindo de volta!

04/08/2011

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