quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Memória viva

A manhã traz no suave e doce Sol de Outono o toque que me aviva a memória do teu odor ainda gravado na pele que foi amada.

Não importa se agora, se ontem ou há tantos dias que já não se contam porque se esbatem na vida igual de tempos que correm sem mudanças.
Não importa se agora, há memórias que não nos deixam. Que ficam em nós de forma intemporal e eterna.
Como o teu sabor num beijo que mesmo terminado me acompanha como que sentido há apenas instantes.
Como o toque da tua mão sobre a minha deslizando e percorrendo-me de forma que me inspira e desperta para o dia, para a vida.
Como o salgado do teu corpo que com o meu me envolve num entrançado que marca levemente a carne numa intensidade impossível de descrever.
Sim, és tu que vives em mim. Num sentir que feito memória me alimenta e me acorda a cada manhã com a sensação de que nunca daqui saiste, de que nunca partiste.


26/09/2012

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