domingo, 14 de outubro de 2012

Em mim, nunca morrer

E a manhã chega lenta e vagarosa no correr de quem lá fora se apressa para mais um dia cheio de inevitáveis encontros com a incerteza das horas passageiras.
O cheiro que a brisa que vem do mar carrega consigo, acende-me o coração com memórias que o espaço na cama vazia não consegue fazer vibrar.
Lembranças que sempre me te fazem recordar e desejar.
Lembranças de dias passados a sonhar te abraçar.
Lembranças de horas estendidas no tempo da tua companhia que não voltam a passar.
Mas as saudades não são fugazes. São eternas e profundas.
São marcas na carne que a minha Alma não tem mas quase sinto.
E falta-me o teu abraço, o pentear-me do cabelo afastando-o do rosto e os dedos deslizando sem saber caminhos, a belo gosto.
E faltam-me todos os beijos que tive oportunidade de sentir nos meus lábios e não te dei.
E faltam-me todos os entrelaçares de dedos que ficaram à porta do receio por conta do medo de me entregar.
Mas o que mais me falta, são as palavras que nunca tiveste para me dar.

Mas o cheiro do mar, esse, vai-me sempre te fazer lembrar e em mim, assim, nunca morrer...
08/10/2012

Sem comentários:

Enviar um comentário