quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Sempre vivo II



E o vento toma conta da manhã que nasce doce e calma num sol que tem a pressa de não querer aparecer, empurrando os sonhos que a noite teima em criar sob a luz da lua, cúmplice de quem tem quem amar.
E pela janela entram sons que essa brisa forte e fresca transporta de vidas de dias em rotina consumidos em desesperante ansia pelas horas de sossego no aconchego vazio de uma casa que não é lar e onde a palavra amar sabe a fel e a solidão.
E a minha cama é invadida desse gelo de dormir sozinha.
Acabou a hora do sono que me transporta para o teu colo.
O vento chega ao meu rosto e faz-me estremecer o corpo, fazendo-o vibrar em ondas que não são de saudade mas sim de recordar.
E recordo-me de ti, do teu quente e terno toque que e sempre meu ao acordar, que me afaga nesse teu odor e olhar de mar.
E o vento já não é gelo ou frio, é aconchego do teu corpo que em mim esta sempre vivo.

02/10/2012

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