sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Vivi!

E o escuro da noite traz consigo as sombras de corpos que passam, apressadamente no compasso de passos lentos de quem, na luz do dia vive em intensas correrias.

Vidas que se vão esgotando em horas e minutos mais vazios ainda de histórias carregadas de insignificantes memórias do que o que se gostaria, desejaria.

É o momento de o vento desta hora tardia me relembrar de todas as ocasiões em que fui gente, em que me senti diferente, em que vivi e senti como poucos são capazes ou ter a felicidade de poder acontecer.

Sim, há momentos em que o viver é mais forte que o pensar, em que o hábito com que nos vestimos, cobrindo desejos, esses, os mais íntimos, e sufocando-nos sempre mais um pouco o grito de liberdade porque tanto ânsiamos.
E eu vivi desses momentos em que a felicidade e total, e completa, quase impossivelmente real!
E eu vivi! E senti! E estremeci de tanto o sangue correr em mim! De tanto sentir!
E quando tudo parece desmoronar, são esses momentos que me vem amparar o ânimo quase seco de lágrimas.
Sim, ja vivi e tenciono a cada dia viver de novo cada hora que por mim passe, em êxtase, em constante certeza que vale a pena viver esta vida, por vezes, tão deserta...

15/10/2012

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