quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Sempre vivo

E o adeus regressou,
Num desaparecer sem palavras,
Sem um até já
Mesmo que nunca aconteça.
Cortaste-me de ti.
Rompeste-me o nós.
Arrancaste-me do teu peito.
De forma definitiva,
Sem regresso possível,
Sem me sentires a ausência
Ou companhia,
Sem vontade de voltar,
Com toda essa tua certeza.
E o adeus regressou
Sob forma de um até nunca,
Sem pronunciar palavras
Que nunca ditas são desejadas,
Para poder avancar,
Que ditas são odiadas.
E é este teu afastar
Que me vai fazer crescer,
Que me vai fazer olhar
Os dias com outro parecer,
Mesmo que a dor em
Mim impere,
Mesmo que o amargo sabor do abandono
Me controle,
Jamais te esquecerei,
De ti me separarei,
E assim,
Serás sempre vivo
Em mim.

27/09/2012

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