quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Espero



Espero
Que a vontade decresça em mim,
Que o corpo se renda ao cansaço
E tudo fique, por aqui, 
Sem início,meio ou fim.

Espero
Que a pele não se queira arrepiar
Quando a memória do toque da tua mão
Se sobrepor a qualquer outro pensar.

Espero
Que o corpo não se torne irrequieto
Perante o recordar do desassossego
Que é o teu cheiro, o teu sabor e o respirar, preso no peito.

Espero
Não me perder nas sensações
Outrora sentidas, vividas entre lençóis,
De horas (agora) ínfimas dos nossos corpos molhados,
Beijados,
Tocados,
Amados...

Espero
Que o desejo se perca,
Que o amor se deixe levar
Pela corrente dos dias que passam,
E que em mim,
Ass lembrança de ti, 
Teimam em deixar.



2.Julho.14

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