terça-feira, 15 de abril de 2014

Sempre unidos


 
O dia avança ao ritmo de um Sábado calmo e relaxado dos sons apressados de passos que correm na azáfama do quotidiano. As conversas quase se sussurram como quase se prolongam com o quase acabar do conteúdo que se pretende partilhar, em encontros de ocasião.
O vento não as espalha por entre as folhas das cerejeiras de jardim, carregadas das suas frágeis flores, beijadas pelas asas dos pássaros que nelas habitam.
O sussurro do viver também mora cá dentro, num murmurar que me invade o pensamento.
Um eterno questionar que, mesmo sem vontade, me vai corroendo.
As imperfeições que me acompanham, serão minhas para sempre ou, conseguirei, sob uma força que desconheço, perdê-las pelo caminho, deixá-las sem remorso?
E eu luto. Todos os dias luto nesta guerra que, sendo só minha, afecta quem conheço.
A frustração nos dias em que a batalha do melhorar eu perco, invade-me e mata-me, e torna-me num pior ser humano.
E eu quero, mas quero tanto ser melhor, perder a mesquinhez de coisas banais que me ferem cá dentro, que me perco, por completo, no discernimento.
Sim, eu quero ser perfeita. Perfeita aos teus olhos, de quem vive cá dentro.
Porque quando se ama, a vida é partilhada, ajustada e re-programada em esforços repartidos.
E eu, luto todos os dias, mesmo quando as forças me faltam, para que nunca te desiludas, para que sejamos unidos...


12.Abr.2014


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