segunda-feira, 28 de abril de 2014
Sugo-te
Sugo-te,
O membro másculo,
Erecto e que me seduz
Sob o nome do pecado,
Sob o desejo da luxúria,
De quem nunca se contenta,
De quem nunca se satisfaz.
Sugo-te,
O sexo humedecido
Pela saliva de lábios
Ansiosos pelo teu deleite,
Pelo sabor do teu
Prazer.
Sugo-te,
Num compasso ritmado,
Por dois escrito, criado,
Ora lento e saboreando,
Ora rápido, apressado,
Desenfreado,
Sôfrego,
Entrando mais fundo,
Mais impaciente e descontrolado.
Sugo-te,
Lambo-te,
Sugo-te cada gota
Por ti, em mim, vertida,
Num alucinar de prazer,
Num meu me pertencer,
Sugo-te,
Até não mais haver.
23.Apr.2014
@ The Devils Playground
Até à alma
É a solidão que comanda o passar das horas silenciosas em noites vazias de ti.
É a imensa sensação de vazio que me acompanha e preenche nessas noites em que a cama, não é o leito dos amantes, mas apenas o local onde despejamos os corpos, meios despidos e cobertos de cansaço.
Não há maior lentidão que os minutos que deveriam anteceder o beijo, esse, que anteciparia o abraçar dos corpos. Esse, que aumentaria o bater dos corações, a respiração e o desejo. Esse, que nos faria entregar em devaneios da alma feitos (pecados) carnais. Esse, que terminaria no reafirmar do nosso amor, selado por lábios colados num beijo ainda maior.
E o silêncio de corpos que não se tocam impera.
E o vazio de palavras guardadas no céu da boca comanda.
E o frio do beijo que não trocamos toca-me além do corpo, além da desilusão, percorre-me até à alma.
É a imensa sensação de vazio que me acompanha e preenche nessas noites em que a cama, não é o leito dos amantes, mas apenas o local onde despejamos os corpos, meios despidos e cobertos de cansaço.
Não há maior lentidão que os minutos que deveriam anteceder o beijo, esse, que anteciparia o abraçar dos corpos. Esse, que aumentaria o bater dos corações, a respiração e o desejo. Esse, que nos faria entregar em devaneios da alma feitos (pecados) carnais. Esse, que terminaria no reafirmar do nosso amor, selado por lábios colados num beijo ainda maior.
E o silêncio de corpos que não se tocam impera.
E o vazio de palavras guardadas no céu da boca comanda.
E o frio do beijo que não trocamos toca-me além do corpo, além da desilusão, percorre-me até à alma.
27.Abr.2014
Esvaziada
Há um desejo que por vezes me invade.
Um desejo que não se assemelha a nunhum outro, que é úncio no que me faz sentir, na vontade que cria em mim, que faz desejar poder realizar.
Surge quando olho este rio que balança ao ritmo da vontade das marés, indiferente aos olhos que nele se perdem e que nele misturam as lágrimas salgadas de sonhos imaginados e feitos desilusão, de sorrisos que esbarram nas águas rápidas em turbilhão.
Esvaziar-me.
Esvaziar-me de tudo que me faz viver.
Esvaziar-me de tudo o que me faz sentir.
Esvaziar-me de todas as alegrias que me fazem reviver, de todas as lembranças que me fazem regressar a um tempo que, já passado, não há forma de recuperar.
Esvaziar-me de todas as memórias que ainda estão por vir. Por criar. Por acreditar.
Sim, esvaziar-me. Ficar oca de mim, vazia do meu sentimento, silenciosa do meu pensar.
Perder-me sem saber onde andei ou onde quero estar.
Soltar-me de tudo o que me faz querer abandonar, querer avançar ou querer ficar.
Largar as amarras de uma vida que nos faz pesar todos os passos neste caminho que não sabemos onde vai dar.
Quero apenas fluir, respirar sem pensar, comer sem paladar sob pena de ter vontade de voltar a provar.
Esvaziada de mim, não há nada que me possa faltar. Nada que me possa fazer sonhar e voltar a magoar.
Surge quando olho este rio que balança ao ritmo da vontade das marés, indiferente aos olhos que nele se perdem e que nele misturam as lágrimas salgadas de sonhos imaginados e feitos desilusão, de sorrisos que esbarram nas águas rápidas em turbilhão.
Esvaziar-me.
Esvaziar-me de tudo que me faz viver.
Esvaziar-me de tudo o que me faz sentir.
Esvaziar-me de todas as alegrias que me fazem reviver, de todas as lembranças que me fazem regressar a um tempo que, já passado, não há forma de recuperar.
Esvaziar-me de todas as memórias que ainda estão por vir. Por criar. Por acreditar.
Sim, esvaziar-me. Ficar oca de mim, vazia do meu sentimento, silenciosa do meu pensar.
Perder-me sem saber onde andei ou onde quero estar.
Soltar-me de tudo o que me faz querer abandonar, querer avançar ou querer ficar.
Largar as amarras de uma vida que nos faz pesar todos os passos neste caminho que não sabemos onde vai dar.
Quero apenas fluir, respirar sem pensar, comer sem paladar sob pena de ter vontade de voltar a provar.
Esvaziada de mim, não há nada que me possa faltar. Nada que me possa fazer sonhar e voltar a magoar.
22.Abr.2014
É em ti
É nos teus olhos
Que o Mundo se transforma,
Que o meu coração padece
De um querer que por completo me toma.
É nos teus lábios
Que os sabores tomam forma,
Que a minha língua se entrega
E a minha alma se alimenta.
É nas tuas mãos
Que as horas se tornam lentas,
Que o teu corpo no meu penetra,
É a pele que se arrepia,
Enquanto a carne me tentas,
No vai-e-vem que se sente
Entre abraços de pernas,
Entre gotas por entre beijos,
Entre olhares perdidos em sorrisos
Que se trocam entre gemidos
Feitos do prazer
Que é o teu me amar.
É em ti
Que eu,
Por inteiro,
Me faço viva!
Que o Mundo se transforma,
Que o meu coração padece
De um querer que por completo me toma.
É nos teus lábios
Que os sabores tomam forma,
Que a minha língua se entrega
E a minha alma se alimenta.
É nas tuas mãos
Que as horas se tornam lentas,
Que o teu corpo no meu penetra,
É a pele que se arrepia,
Enquanto a carne me tentas,
No vai-e-vem que se sente
Entre abraços de pernas,
Entre gotas por entre beijos,
Entre olhares perdidos em sorrisos
Que se trocam entre gemidos
Feitos do prazer
Que é o teu me amar.
É em ti
Que eu,
Por inteiro,
Me faço viva!
22.Abr.2014
Dias silenciosos
Há dias silenciosos.
Dias em que o correr do rio passa despercebido e tão pouco se importa com as núvens escuras que ameaçam desfazer-se e misturar-se nas suas águas.
Em que nada perturba o passar das horas mortas numa cidade desabitada, cheia de gente que não se vê, que não se sente. Tantas horas, tanto silêncio, tanto vazio de vida.
Aqui, o silêncio não comanda e a música da vida é outra, composta pelo pensar que me comanda os sonhos, a vontade, o desejo, o medo e a revolta. Uma miríade de sentimentos aflorados na pele do meu corpo arrepiado, contidos nos olhos do meu rosto amargurado e triste, expostos nos meu lábios sorridentes e no futuro crentes.Sou, nestes momentos de silêncio exterior, tudo que há em mim, tudo o que me faz ser. E rio. E choro. E sonho. E desiludo-me. E acredito. E sinto, sobretudo sinto. Todos os momentos que compõem a peça da minha vida são importantes e determinantes para o que sou.
E eu já fui tanto e tanto ainda hei-de ser!
E não há lugar para arrependimentos, para me manter num passado que nada mais tem para me ensinar, que está já tão vazio como as ruas lá fora.
E não há espaço para memórias que não sejam as que me fazem sorrir, para palavras que sempre me encherão o coração e a alma de tudo que pode ser bom e, desta forma, recuperar-me o ser, fechar-me as feridas, perdoar e avançar até não mais doer.
O tempo que tenho para viver é demasiado importante e preciso vivê-lo com a maior das intensidades, com o foco de, no dia-a-dia, encontrar nas mais pequenas coisas, a felicidade.
No perfume das flores de laranjeira. No sal das gotas que salpicam do mar.
Nos teus olhos. No teu sorriso. No teu abraço. No teu beijo.
Em que nada perturba o passar das horas mortas numa cidade desabitada, cheia de gente que não se vê, que não se sente. Tantas horas, tanto silêncio, tanto vazio de vida.
Aqui, o silêncio não comanda e a música da vida é outra, composta pelo pensar que me comanda os sonhos, a vontade, o desejo, o medo e a revolta. Uma miríade de sentimentos aflorados na pele do meu corpo arrepiado, contidos nos olhos do meu rosto amargurado e triste, expostos nos meu lábios sorridentes e no futuro crentes.Sou, nestes momentos de silêncio exterior, tudo que há em mim, tudo o que me faz ser. E rio. E choro. E sonho. E desiludo-me. E acredito. E sinto, sobretudo sinto. Todos os momentos que compõem a peça da minha vida são importantes e determinantes para o que sou.
E eu já fui tanto e tanto ainda hei-de ser!
E não há lugar para arrependimentos, para me manter num passado que nada mais tem para me ensinar, que está já tão vazio como as ruas lá fora.
E não há espaço para memórias que não sejam as que me fazem sorrir, para palavras que sempre me encherão o coração e a alma de tudo que pode ser bom e, desta forma, recuperar-me o ser, fechar-me as feridas, perdoar e avançar até não mais doer.
O tempo que tenho para viver é demasiado importante e preciso vivê-lo com a maior das intensidades, com o foco de, no dia-a-dia, encontrar nas mais pequenas coisas, a felicidade.
No perfume das flores de laranjeira. No sal das gotas que salpicam do mar.
Nos teus olhos. No teu sorriso. No teu abraço. No teu beijo.
18.Abr.2014
terça-feira, 15 de abril de 2014
Cheiros impossíveis de esquecer
A noite iniciou-se calma e morna num tempo indefinido em que a chuva decidiu brindar-nos com o fresco da sua liquidez. O cheiro à terra quente e molhada é quem comanda os sentidos, num inebriante perfume que me recorda as tardes de Agosto quentes da infância. Os risos e o deslumbre das trovoadas de Verão à mistura com a alegria de molhar os dedos dos pés nessa água quente, salpicando as roupas de gotas barrentas.
As memórias dos cheiros são as que mais guardo em mim, cheiros que me ficam como marcas na pele, que se cravam em mim.
Há cheiros impossíveis de esquecer: o do sabão quando a mãe lavava no tanque que, sendo pequeno, era um lago de águas transparentes e gélidas saídas de um poço assustador e profundo, capaz de me engolir e nunca mais ser encontrada.
O cheiro da colônia de lavanda quando saía ao domingo, perfumada que intoxicava dada a quantidade em mim vertida.
O cheiro dos longos cabelos negros da minha mana que penteados sob protestos, ainda que apanhados se revelavam revoltos.
Os cheiros da infância são tesouros bem guardados, de ingênuos tempos, irremediavelmente perdidos.
E há cheiros que me assolam o pensar e o sentir, carregados de outras memórias, mais vivas e sentidas, de uma vida ainda a viver, ainda a partilhar, ainda a aprender.
Como o teu cheiro. O cheiro da tua pele. O cheiro do teu beijo misturado no sabor do meu. O cheiro do teu corpo suado, molhado pelo meu. O cheiro do teu sexo penetrado no meu, enchendo, vertendo, inundando-me desse prazer insano, derramado dentro do meu...
Há cheiros impossíveis de esquecer, que nós alimentam a alma e ao corpo fazem viver!
As memórias dos cheiros são as que mais guardo em mim, cheiros que me ficam como marcas na pele, que se cravam em mim.
Há cheiros impossíveis de esquecer: o do sabão quando a mãe lavava no tanque que, sendo pequeno, era um lago de águas transparentes e gélidas saídas de um poço assustador e profundo, capaz de me engolir e nunca mais ser encontrada.
O cheiro da colônia de lavanda quando saía ao domingo, perfumada que intoxicava dada a quantidade em mim vertida.
O cheiro dos longos cabelos negros da minha mana que penteados sob protestos, ainda que apanhados se revelavam revoltos.
Os cheiros da infância são tesouros bem guardados, de ingênuos tempos, irremediavelmente perdidos.
E há cheiros que me assolam o pensar e o sentir, carregados de outras memórias, mais vivas e sentidas, de uma vida ainda a viver, ainda a partilhar, ainda a aprender.
Como o teu cheiro. O cheiro da tua pele. O cheiro do teu beijo misturado no sabor do meu. O cheiro do teu corpo suado, molhado pelo meu. O cheiro do teu sexo penetrado no meu, enchendo, vertendo, inundando-me desse prazer insano, derramado dentro do meu...
Há cheiros impossíveis de esquecer, que nós alimentam a alma e ao corpo fazem viver!
14.Abr.2014
Mudar
A tarde vai a meio do caminho do fim de jornada e o sol, escondido pelas núvens, não deixa de brilhar e de se fazer notar em pontuais rasgos de luz. O rio estagnou na hora de reponta e surge-nos ao olhar, como um lago sereno e calmo, onde as gaivotas flutuam imitando pequenos barcos e os patos, mergulhando, criam círculos que se repetem como se gotas de chuva se tratassem.
Os sons hoje são calmos,de quem se deixa aquecer pelo quentinho de uma Primavera mais fria que o habitual, como que ansiando pelo seu abraço e os passos, de quem se passeia sem pressa e esperando que o dia se prolongue e não se deixe domar pelo escuro da noite.
Aqui, o calor não se faz sentir e a vontade é de saltar e deixar ao abandono as tarefas do quotidiano, da monotonia de uma rotina que se mantém, dia-a-dia, cada vez mais igual. Deixar para trás o seguro do certo e avançar em passo acelerado em direcção ao incerto desconhecido, no sentido de um novo rumo que me preencha, que me faça ainda mais plena.
Completamente plena de mim.
E a vida seria ainda mais perfeita.
Mas... Há sempre um mas nas histórias dos nossos sonhos e vamos vivendo sem a plenitude que almejamos, que tanto queremos.
E olhamos quem passa do outro lado do vidro, no seu passo de corrida ou no parar dos sentidos vendo a paisagem que neles fica retida e, imagino se estarão nesse ponto de partida, tal como eu gostaria, para uma (tão querida) nova vida.
E a esperança renova-se no imaginar dessas vidas que se podem estar a iniciar. E os lábios voltam a sorrir e os olhos a brilhar.
Os sons hoje são calmos,de quem se deixa aquecer pelo quentinho de uma Primavera mais fria que o habitual, como que ansiando pelo seu abraço e os passos, de quem se passeia sem pressa e esperando que o dia se prolongue e não se deixe domar pelo escuro da noite.
Aqui, o calor não se faz sentir e a vontade é de saltar e deixar ao abandono as tarefas do quotidiano, da monotonia de uma rotina que se mantém, dia-a-dia, cada vez mais igual. Deixar para trás o seguro do certo e avançar em passo acelerado em direcção ao incerto desconhecido, no sentido de um novo rumo que me preencha, que me faça ainda mais plena.
Completamente plena de mim.
E a vida seria ainda mais perfeita.
Mas... Há sempre um mas nas histórias dos nossos sonhos e vamos vivendo sem a plenitude que almejamos, que tanto queremos.
E olhamos quem passa do outro lado do vidro, no seu passo de corrida ou no parar dos sentidos vendo a paisagem que neles fica retida e, imagino se estarão nesse ponto de partida, tal como eu gostaria, para uma (tão querida) nova vida.
E a esperança renova-se no imaginar dessas vidas que se podem estar a iniciar. E os lábios voltam a sorrir e os olhos a brilhar.
14.Abr.2014
Sempre unidos
O dia avança ao ritmo de um Sábado calmo e relaxado dos sons apressados de passos que correm na azáfama do quotidiano. As conversas quase se sussurram como quase se prolongam com o quase acabar do conteúdo que se pretende partilhar, em encontros de ocasião.
O vento não as espalha por entre as folhas das cerejeiras de jardim, carregadas das suas frágeis flores, beijadas pelas asas dos pássaros que nelas habitam.
O sussurro do viver também mora cá dentro, num murmurar que me invade o pensamento.
Um eterno questionar que, mesmo sem vontade, me vai corroendo.
As imperfeições que me acompanham, serão minhas para sempre ou, conseguirei, sob uma força que desconheço, perdê-las pelo caminho, deixá-las sem remorso?
E eu luto. Todos os dias luto nesta guerra que, sendo só minha, afecta quem conheço.
A frustração nos dias em que a batalha do melhorar eu perco, invade-me e mata-me, e torna-me num pior ser humano.
E eu quero, mas quero tanto ser melhor, perder a mesquinhez de coisas banais que me ferem cá dentro, que me perco, por completo, no discernimento.
Sim, eu quero ser perfeita. Perfeita aos teus olhos, de quem vive cá dentro.
Porque quando se ama, a vida é partilhada, ajustada e re-programada em esforços repartidos.
E eu, luto todos os dias, mesmo quando as forças me faltam, para que nunca te desiludas, para que sejamos unidos...
O vento não as espalha por entre as folhas das cerejeiras de jardim, carregadas das suas frágeis flores, beijadas pelas asas dos pássaros que nelas habitam.
O sussurro do viver também mora cá dentro, num murmurar que me invade o pensamento.
Um eterno questionar que, mesmo sem vontade, me vai corroendo.
As imperfeições que me acompanham, serão minhas para sempre ou, conseguirei, sob uma força que desconheço, perdê-las pelo caminho, deixá-las sem remorso?
E eu luto. Todos os dias luto nesta guerra que, sendo só minha, afecta quem conheço.
A frustração nos dias em que a batalha do melhorar eu perco, invade-me e mata-me, e torna-me num pior ser humano.
E eu quero, mas quero tanto ser melhor, perder a mesquinhez de coisas banais que me ferem cá dentro, que me perco, por completo, no discernimento.
Sim, eu quero ser perfeita. Perfeita aos teus olhos, de quem vive cá dentro.
Porque quando se ama, a vida é partilhada, ajustada e re-programada em esforços repartidos.
E eu, luto todos os dias, mesmo quando as forças me faltam, para que nunca te desiludas, para que sejamos unidos...
12.Abr.2014
No acabar do dia
É no final do dia
Que mais te penso,
Quando o corpo inicia o abrandar
De um descanso que faz esperar,
Que ainda vai tardar.
E é nesse quase o tempo parar
Que o meu pensar se invade de ti,
Da vontade de sentir o teu abraço,
Do desejo de me perder,
Louca e intensamente,
No teu beijo.
Nesse preciso momento
Em que o teu abraço me envolve
De um sentir que não se mede,
Que não tem lonjura
E que me transcende.
É no acabar do dia
Que anseio o regresso,
Ao nosso lugar,
Ao meu porto de abrigo,
Ao teu amar.
Que mais te penso,
Quando o corpo inicia o abrandar
De um descanso que faz esperar,
Que ainda vai tardar.
E é nesse quase o tempo parar
Que o meu pensar se invade de ti,
Da vontade de sentir o teu abraço,
Do desejo de me perder,
Louca e intensamente,
No teu beijo.
Nesse preciso momento
Em que o teu abraço me envolve
De um sentir que não se mede,
Que não tem lonjura
E que me transcende.
É no acabar do dia
Que anseio o regresso,
Ao nosso lugar,
Ao meu porto de abrigo,
Ao teu amar.
10.Abr.2014
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Salva
O dia já percorreu metade da jornada que se impõe pelo correr das horas. O sol não brilha nas águas do rio que corre, indiferente ao reflexo da espuma branca que domina o céu. A brisa ajuda a afastar o afago quente do calor que se sente e torna a conjugação num abraço que nos arrepia a pele.
E só o arrepio me acorda desta letargia de dia que passa sem que as horas passem. Que a cada minuto se esgota e não se dá conta, não se nota.
E só o arrepio me acorda desta letargia de dia que passa sem que as horas passem. Que a cada minuto se esgota e não se dá conta, não se nota.
O silêncio e o vazio hoje fazem parte de mim.
O vazio do silêncio de pássaros que a Primavera (ainda) não trouxe.
O silêncio das ameixoeiras e cerejeiras que as flores, já caídas, não encheram de música.
O vazio da ausência dos cheiros das frésias e das laranjeiras que se intensificam com o calor.
O vazio do silêncio de pássaros que a Primavera (ainda) não trouxe.
O silêncio das ameixoeiras e cerejeiras que as flores, já caídas, não encheram de música.
O vazio da ausência dos cheiros das frésias e das laranjeiras que se intensificam com o calor.
Nada. Silêncio. Vazio.
Um correr por correr. Um respirar por respirar. Um viver por viver.
Há momentos em que desistir também é lutar.
Há momentos em que deixar andar também é (sobre)viver.
Há momentos em que nos adormecemos e esperamos ser salvos desta inércia e apatia de quem (aparentemente) desiste.
É como boiar num rio sereno, onde quase dormimos, onde não se dá conta do tempo e alguém grita e o nosso nome vem a voar no vento.
Há momentos em que desistir também é lutar.
Há momentos em que deixar andar também é (sobre)viver.
Há momentos em que nos adormecemos e esperamos ser salvos desta inércia e apatia de quem (aparentemente) desiste.
É como boiar num rio sereno, onde quase dormimos, onde não se dá conta do tempo e alguém grita e o nosso nome vem a voar no vento.
Hoje, é um desses momentos, em que apenas preciso de ouvir o meu nome no sopro da tua boca e olhar-te nos olhos carregados desse mar que alimenta a tua Alma e, sentir-te o amor e a razão de viver. A minha e a tua.
Hoje, quero apenas saber que a tua mão (sempre) segurará a minha...
Hoje, quero apenas saber que a tua mão (sempre) segurará a minha...
09.Abr.2014
terça-feira, 8 de abril de 2014
Possuída
A pele queima e eu só anseio que
Me tomes pelo braço e possuas.
E possuída assim, entregar-me
E possuída assim, entregar-me
Sem noção do que está por vir.
O corpo arde e eu
O corpo arde e eu
Só desejo que me possuas.
E possuída assim, aberta e ao ritmo do teu saber,
E possuída assim, aberta e ao ritmo do teu saber,
Entregar-me e querer mais.
A carne é vulcão efervescente e
A carne é vulcão efervescente e
Só exijo que me possuas.
E possuída assim, sentir fluir de mim todo o suco do meu prazer,
E possuída assim, sentir fluir de mim todo o suco do meu prazer,
Todo o jorrar do teu misturado no meu!
Eu sou apenas pecado,
Eu sou apenas pecado,
Nas tuas mãos luxúria,
Objecto loucamente tomado,
Dado, vencido,
Dado, vencido,
Apaixonado e amado.
08.Abr.2014
Em mim
Trago comigo o sabor do tempo
Que se escoa por entre os dedos,
Que se perde no toque dos teus beijos
Que me levam a pecar sem receio, sem tento.
Trago na pele o cheiro do minutos
Que voam sem pudor,
Indiferentes ao nosso ritmo
Em que me entranhas desse teu odor.
Trago na carne o sentir das horas
Que passam sem notar,
Que me marcas com o teu ardor
Feito prazer nos caminhos do meu amor,
No desejo de te pertencer.
Trago em mim gravadas
Todos as tarde de sol, perdidas
Em camas reviradas
Numa ânsia desmedida
De te poder ter,
E,
Todas as noites em que rendida
Me entrego ao teu querer,
Ao teu me saber,
Ao nosso nos amar,
E,
De em ti deixar de ser menina,
De crescer e me completar,
De nos teus braços
MULHER me tornar.
Que se escoa por entre os dedos,
Que se perde no toque dos teus beijos
Que me levam a pecar sem receio, sem tento.
Trago na pele o cheiro do minutos
Que voam sem pudor,
Indiferentes ao nosso ritmo
Em que me entranhas desse teu odor.
Trago na carne o sentir das horas
Que passam sem notar,
Que me marcas com o teu ardor
Feito prazer nos caminhos do meu amor,
No desejo de te pertencer.
Trago em mim gravadas
Todos as tarde de sol, perdidas
Em camas reviradas
Numa ânsia desmedida
De te poder ter,
E,
Todas as noites em que rendida
Me entrego ao teu querer,
Ao teu me saber,
Ao nosso nos amar,
E,
De em ti deixar de ser menina,
De crescer e me completar,
De nos teus braços
MULHER me tornar.
07.Abr.2014
segunda-feira, 7 de abril de 2014
Hoje viajo ao som de...
Soft skin
You touch me within and so I know I could be human once again
I know you're faced with something
That could consume you completely
Soft skin
You touch me once again and somehow it stings
‘Cos I know it is the end
I hate that you're leaving
So why don't you talk to me?
You act like nothing ever happened
But it meant the world to me
And you can't and you can't see the wind in the trees
And you can't and you can't see the wind in the leaves
And you can't and you can't see the weight in the dark
And you can't and you can't see the weight in the heart
Soft skin
I'll have you be near my heart,
Until I feel human
Soft skin
You were never a lie to begin with
So now I'm suffering
You touch me within and so I know I could be human once again
I know you're faced with something
That could consume you completely
Soft skin
You touch me once again and somehow it stings
‘Cos I know it is the end
I hate that you're leaving
So why don't you talk to me?
You act like nothing ever happened
But it meant the world to me
And you can't and you can't see the wind in the trees
And you can't and you can't see the wind in the leaves
And you can't and you can't see the weight in the dark
And you can't and you can't see the weight in the heart
Soft skin
I'll have you be near my heart,
Until I feel human
Soft skin
You were never a lie to begin with
So now I'm suffering
Rendo-me
Rendo-me.
No aconchego do teu abraço,
No calor do teu regaço,
Sou mulher feita menina,
Carente, perdida,
E eu,
Rendo-me.
Inebriada pelo teu cheiro,
No sabor que a minha boca
Retém do teu beijo,
A pele quente arrepia,
Reage ao deslizar do teu toque,
E eu,
Rendo-me.
O corpo chama-se desejo
E a carne é pecado
Que à tua se entrega,
Enlevada pela loucura,
Pela ânsia de sentir,
Pela vontade de pertencer,
E eu,
Rendo-me
Ao teu tão bem me saber
Como tocar e fazer perder,
Na luxúria do teu corpo
No meu a entrar,
Sugando-me,
Devorando-me,
Enchendo-me,
Dando-me e recebendo-me
De imenso,
Intenso prazer!
No aconchego do teu abraço,
No calor do teu regaço,
Sou mulher feita menina,
Carente, perdida,
E eu,
Rendo-me.
Inebriada pelo teu cheiro,
No sabor que a minha boca
Retém do teu beijo,
A pele quente arrepia,
Reage ao deslizar do teu toque,
E eu,
Rendo-me.
O corpo chama-se desejo
E a carne é pecado
Que à tua se entrega,
Enlevada pela loucura,
Pela ânsia de sentir,
Pela vontade de pertencer,
E eu,
Rendo-me
Ao teu tão bem me saber
Como tocar e fazer perder,
Na luxúria do teu corpo
No meu a entrar,
Sugando-me,
Devorando-me,
Enchendo-me,
Dando-me e recebendo-me
De imenso,
Intenso prazer!
05.Abr.2014
No meio de mim
É no meio de mim
Que o tempo se detém,
Como que aprisionado,
Como se perdido,
Encontrasse ninguém.
É no meio de mim
Que o sentir vai crescendo
Sob a égide do sonho,
Em que a memória é rainha
E o sabor se rende
Ao molhado do teu beijo.
É no meio de mim
Que o meu peito vai sentindo
Todo o frenesim do arrepio
Do teu toque divino,
Deixando-me rendida
Ao saber do teu tomar
E o meu corpo vai-se abrindo,
Todo o meu querer te entregando,
Sem rodeios, sem temer
Que me tomes a teu,
Tão único,
Belo prazer!
É no meio de mim
Que o corpo agora vazio,
Sem roupas,
Apenas de ti vestido,
Se deixa ao abandono,
Prostrado, no leito deitado,
Quente,
Molhado e suave,
No rescaldo do rodopio
Das voltas de te ter amado,
Que me sinto mais viva,
Mais sedenta, esfomeada,
No teu gosto viciada.
É no meio de mim,
Do meu peito acelerado,
Que te guardo assim,
Belo, perfeito,
Loucamente amado!
Que o tempo se detém,
Como que aprisionado,
Como se perdido,
Encontrasse ninguém.
É no meio de mim
Que o sentir vai crescendo
Sob a égide do sonho,
Em que a memória é rainha
E o sabor se rende
Ao molhado do teu beijo.
É no meio de mim
Que o meu peito vai sentindo
Todo o frenesim do arrepio
Do teu toque divino,
Deixando-me rendida
Ao saber do teu tomar
E o meu corpo vai-se abrindo,
Todo o meu querer te entregando,
Sem rodeios, sem temer
Que me tomes a teu,
Tão único,
Belo prazer!
É no meio de mim
Que o corpo agora vazio,
Sem roupas,
Apenas de ti vestido,
Se deixa ao abandono,
Prostrado, no leito deitado,
Quente,
Molhado e suave,
No rescaldo do rodopio
Das voltas de te ter amado,
Que me sinto mais viva,
Mais sedenta, esfomeada,
No teu gosto viciada.
É no meio de mim,
Do meu peito acelerado,
Que te guardo assim,
Belo, perfeito,
Loucamente amado!
03.Abr.2014
Procuro
Procuro pedaços de mim
Espalhados pelos dias
Que passsam,
Sem demora, sem fim.
Percorro por entre
Estilhaços de um eu
Que não se percebe,
Que, por vezes,
Parece que se perdeu.
Encaixo as peças soltas
Em puzzles imensos
De partes de vida,
De sentimentos,
Que me deixam sem mim,
Perfeitamente oca.
Alinhavo todos os feitos
Que nada produziram,
Em análise dos sonhos
Que perdidos se tornaram.
Cozo usando as linhas
De um pensamento,
Num caminho que percorro,
Turvo e cego,
E ainda que com receio,
Avanço sob o desconhecido,
Deixando o passado ficar,
Imóvel e guardado,
Num canto do que já foi
O meu ser.
Reato laços invisíveis
Com o sabor do querer,
Com a força do fazer,
Com a esperança da vontade,
De querer,
Que o coração,
Volte a bater,
Que o corpo volte a sentir,
Que a Alma volte a acreditar,
Que a vida,
Vale a pena viver.
31.Mar.2014
A pele comanda
Hoje a pele comanda
Todos os sentidos,
Guiada pela vontade
De me perder nos teus gemidos,
Ousados,
Desvairados,
Pelo ritmar do teu corpo
No meu entrando
Sob o lema do pecado,
Do toque,
Da luxúria de te pertencer,
De em ti,
Por ti,
Desvanecer
De tanto e imenso Prazer!
Todos os sentidos,
Guiada pela vontade
De me perder nos teus gemidos,
Ousados,
Desvairados,
Pelo ritmar do teu corpo
No meu entrando
Sob o lema do pecado,
Do toque,
Da luxúria de te pertencer,
De em ti,
Por ti,
Desvanecer
De tanto e imenso Prazer!
28/.Mar.2014
Adieu
Há ausências despercebidas, de quem entrou e saiu da nossa vida, como se a visão estivesse turva e há apenas uma memória que se apaga, mais e mais, a cada dia. Passagens superficiais, em conversas circunstanciais e de importâncias banais.
Há ausências que nos marcam, que deixam em nós vazios que, bem dentro do peito, sabemos, jamais serão preenchidos.
Partidas que não levam consigo o regresso, que são vazias do retornar aos que já se pertenceram. São caminhos sem volta, sem a vontade de, de novo calcorrear, trilhos outrora desconhecidos e agora carregados de rotinas instaladas. Ou da não vontade de andar lado a lado e descobrir novos sonhos, de mão na mão ou braço dado.
Mas depois, depois de todas as ausências, depois de todas as partidas, há a tua.
A tua Ausência. A tua partida.
E dói. De cada vez que recordo, dói.
Aqui, no peito que por ti foi habitado. No coração que a ti foi devotado.
E as saudades. E as lembranças.
E as palavras trocadas sem promessas realizadas, sem sonhos concretizados, sem realidade acontecida.
Nunca um sentimento foi tão puro e verdadeiro.
Nunca a vida foi tão (im)perfeitamente vivida.
Resta um punhado de simples e pequenos nadas.
E a falta de recordações que atestem tudo o que não foi e poderia ter sido.
Há ausências que nos marcam, que deixam em nós vazios que, bem dentro do peito, sabemos, jamais serão preenchidos.
Partidas que não levam consigo o regresso, que são vazias do retornar aos que já se pertenceram. São caminhos sem volta, sem a vontade de, de novo calcorrear, trilhos outrora desconhecidos e agora carregados de rotinas instaladas. Ou da não vontade de andar lado a lado e descobrir novos sonhos, de mão na mão ou braço dado.
Mas depois, depois de todas as ausências, depois de todas as partidas, há a tua.
A tua Ausência. A tua partida.
E dói. De cada vez que recordo, dói.
Aqui, no peito que por ti foi habitado. No coração que a ti foi devotado.
E as saudades. E as lembranças.
E as palavras trocadas sem promessas realizadas, sem sonhos concretizados, sem realidade acontecida.
Nunca um sentimento foi tão puro e verdadeiro.
Nunca a vida foi tão (im)perfeitamente vivida.
Resta um punhado de simples e pequenos nadas.
E a falta de recordações que atestem tudo o que não foi e poderia ter sido.
26.Mar.2014
Horas mortas
É no silêncio
Das horas mortas
Carregadas de vida
No passar de quem não mora,
Não habita cá dentro,
Que me encontro
Só e vazia
De todos os sentires
Que alguma vez
Já senti.
É no passar dos dias
Que, olhando ao espelho,
Vejo apenas um rosto
Carregado de desejo
Que não se mostra,
Inundado de pejo
Por se sentir perdido
Neste maranhal de gente,
Incompreendido.
É na ausência de palavras
Que o teu falar
Mais me diz,
Tranformando olhares
Em rimas de versos
Soltos ao sabor de um sentir,
Que apesar de ler,
Apesar de nele acreditar querer,
Me parece difícil de acontecer.
É na tua presença
Que me entrego,
De forma isenta de teatros,
De máscaras criadas em palcos
Que não são meus.
É na tua presença
Que me mostro,
Sem medo da recusa,
Pleno de sinceridade,
De corpo e Alma abertos,
Desnudada de todos
Os artifícios.
Insegura,
Carente,
Sedenta do teu amor,
Com fome do teu abraçar e
Do teu me proteger.
É no silêncio
Das horas mortas
Que quero no teu peito,
Adormecer
E, de novo criada,
Renascer.
Das horas mortas
Carregadas de vida
No passar de quem não mora,
Não habita cá dentro,
Que me encontro
Só e vazia
De todos os sentires
Que alguma vez
Já senti.
É no passar dos dias
Que, olhando ao espelho,
Vejo apenas um rosto
Carregado de desejo
Que não se mostra,
Inundado de pejo
Por se sentir perdido
Neste maranhal de gente,
Incompreendido.
É na ausência de palavras
Que o teu falar
Mais me diz,
Tranformando olhares
Em rimas de versos
Soltos ao sabor de um sentir,
Que apesar de ler,
Apesar de nele acreditar querer,
Me parece difícil de acontecer.
É na tua presença
Que me entrego,
De forma isenta de teatros,
De máscaras criadas em palcos
Que não são meus.
É na tua presença
Que me mostro,
Sem medo da recusa,
Pleno de sinceridade,
De corpo e Alma abertos,
Desnudada de todos
Os artifícios.
Insegura,
Carente,
Sedenta do teu amor,
Com fome do teu abraçar e
Do teu me proteger.
É no silêncio
Das horas mortas
Que quero no teu peito,
Adormecer
E, de novo criada,
Renascer.
25.Mar.2014
terça-feira, 1 de abril de 2014
Hoje viajo ao som de...
Dúvidas daqui pra frente
sobre os seus propósitos
é difícil não questionar.
Canto do telhado para toda a gente ouvir
os gatos dos vizinhos gostam de assistir.
Enquanto a musica não me acalmar
não vou descer, não vou enfrentar
o meu vício de ti não vai passar
e não percebo porque não esmorece
ao que parece o meu corpo não se esquece.
Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu vício
de ti (2x)
Levei-te à cidade, mostrei-te ruas e pontes
Sem receios atrai-te as minhas fontes
Por inspiração passamos onde mais ninguém passou
Ali algures algo entre nós se revelou.
Enquanto a música não me acalmar
não vou descer, não vou enfrentar
o meu vício de ti não vai passar
não percebo porque não esmorece
será melhor deixar andar
Será melhor deixar andar
Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu vício
de ti (3x)
Eu canto a sós pra cidade ouvir
e entre nós há promessas por cumprir
mas sei que nada vai mudar
o meu vício de ti não vai passar, não vai passar...
Subscrever:
Mensagens (Atom)