terça-feira, 21 de janeiro de 2020
Amar(te)
Podia escrever-te um poema que falasse de amor e do cheiro das flores na Primavera, do sabor dos teus lábios carmim e da falta de ti nos momentos em que a vida nos obriga a afastar.
Podia escrever-te uma carta em que exaltasse todo o meu sentir por ti e do quanto te quero na minha vida para todo o sempre.
Mas a vida não é um conto de fadas ou um filme romântico em que desencontros e opções de vida acabam sempre em bem, com todos os intervenientes felizes e a seguirem a sua vida com o amado ao lado.
Não, a vida não é um conto de fadas, de princesas e cavaleiros salvadores.
Não. A vida e o amor são duros, cheios de pedras no caminho, carregados de alegrias e tantas ou mais dores.
São feitos de cedências e de adaptação. São feitos a cada dia, a cada gesto, a cada palavra dita e a cada momento.
São feitos de muitas pessoas que não só nós. De pessoas que nos acrescem ou confundem. De tentações e ilusões. De amizade ou desilusão. E nós, dentro da nossa humanidade, absorvemos tudo isso. E mudamos. Mudamos sempre: o que sabemos, o que é (quase) empírico, o que sentimos, o humor e a disposição para ouvir o outro.
E o amor sofre mais do que possas imaginar.
Oscila neste corropio de sentires que nos avassalam a Alma. E muitas vezes a mente.
Podia escrever-te um poema ou uma carta, mas prefiro dizer-to, cara a cara, olhos nos olhos. Que te amo. Que me sinto amada. Que contigo são mais os momentos felizes que os de tristeza. Que os sorrisos abafam todas as lágrimas. Que nos teus olhos vejo o meu futuro e no teu colo tenho o meu porto de abrigo. Nos momentos bons, mas principalmente nos menos bons. Que és quem quero comigo, que és quem me compreende, quem me perdoa as falhas e me faz ser melhor.
Podia escrever-te, mas hoje, quando chegar a casa, vou correr para os teus braços, olhar-te nos olhos e dizer-te, somente e apenas: Eu Amo-te!
Cat.
2019.08.09
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