terça-feira, 18 de setembro de 2012

Encher-me de ti


Por vezes a tua presença ausenta-se de mim e nessas alturas eu vivo, sinto o correr do vento no rosto como afago de sabor a mel e o sal do mar penetra-me e entranhar-se-me na pele.
Por vezes a tua presença desaparece do meu pensar e do meu sentir e esses momentos são raros em cores de arco-íris que se apresentam em pétalas de outros odores.
Por vezes a tua presença não me larga e o que o meu corpo sente no paladar do gosto de uma romã rubra de cor intensa e madura é superior ao que vivo no dia-a-dia.
Mais sentido.
Mais vivido.
Mais carregado de todas as cores que nunca foram criadas e jamais pintadas em telas de sonhos de beijos e línguas em lábios largadas.
Mais marcado na carne que aquece no calor ameno do Sol no pico de Verão como quando me puxas para ti e me fazes sentir a tua mão forte e segura, prendendo-me de forma indelével nesse teu percorrer súbito do meu corpo coberto de ti e despido de tudo.
E eu quero encher-me de ti.
Sentir-me abafar com a presença do teu ser e de ti sorver tudo que me possas ofertar e eu te possa tirar.


07/09/2012

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