quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Cobre-te!


Desperta o corpo
Lenta e suavemente
Dum sono vazio,
Constante de ausência
De sentires e sem sabores,
Sem as paletas de cores
Que os sonhos acarretam.
Acorda aos poucos
Da dormência da noite,
Na cama fria do calor do Verão
Sem medo do dia
Que não acaba com a solidão.
Entregando-se à vida
A pele desperta,
O desejo invade
Este corpo que se mexe,
Ondula em vontades,
De te ter sob o ventre
Enchendo-me de vontade
De te sentir cá dentro.
Não aguento a saudade
 De te tornar real,
De te sentir o beijo,
O querer e o prazer.
Tapa-te!
Cobre-te!
Cala-te corpo,
Acalma-te nas vontades,
Nos toques solitários
De te imaginar verdade...
31/08/2012

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