sábado, 21 de julho de 2012

Espero-te no tempo perdido...



Espero-te no tempo perdido da longa noite de não te ter.
Nos sonhos contidos de não te sentir.
No vazio que preenche de ar pesado e frio o meu viver.
Espero-te como se espera o abrir de uma flor ao doce e suave primeiro raio de sol, timidamente.
Como se sente o cair de uma gota que desce do céu para viciar a sede desse humedecer.
Como o sabor a sal de mar em ondas acabadas de morrer na pele do corpo que as almeja receber.
Espero-te sem qualquer receio do teu querer, do teu pedir, do teu egoísmo de te saciar.
Sem rodeios no meu entregar, no meu te dar, no meu te pertencer.
Sou tua. Sempre fui tua e sempre, sempre te vou esperar.


20/07/2012

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