quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

... Atada mas não vencida...

Atada,
Em ti,
Nas tuas mãos
Que são sempre minhas
Quando o meu corpo percorrem,
Na tua boca que me devora,
Que me sente o paladar
E me enche de sabor.
Desse sabor que são os teus lábios
Roçando nos meus,
Sabor que não se sente apenas,
Que se cheira,
Que se entranha em mim
Que me deixa sedenta
De apagar a fome em ti.
Atada,
Presa ao teu corpo que me domina,
Que em mim delira,
Que por mim estremece e endoidece,
Que me deixa largada ao abraço das tuas pernas
Nas minhas enleadas,
Da tua língua frenética na minha amarrada
Sem forma de se ver liberta.
Atada,
Rendida ao sentir de tanto querer,
De tanto desejar,
De tanto intenso e imenso prazer
De te pertencer,
De a ti me entregar,
Louca, desprendida de conceitos
preconceitos e preceitos pré-concebidos...
Atada mas não vencida...

(Obrigada pela inspiração Julius Rimante)

22/02/2012

4 comentários:

  1. ...mais um poema muito bonito e...excitante!

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  2. sim, tuas estas mãos de mágico... sim...
    e é tão bom minha doce loba...

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  3. Ter-te presa nos meus braços para poder gozar do teu corpo, sem que te possas mexer, é um momento único, inesquecível.
    Esse teu sofrer, em te quereres soltar e provocar-me os mesmo delírios, é algo que me dá prazer. Uma tua guerra em busca da liberdade que eu te sei dar, mesmo sem os teus braços soltar.
    O prazer de te dar prazer é algo partilhadamente individual.
    Estranha forma de amar, mas doce...
    Mas alguém, alguma vez disse que amar é algo que se consegue explicar? Quem o disse não soube amar!
    Não sentiu nunca a sensação de te ver soltar, dessas amarras, e sentir-te com a força, desesperada quase, em conseguir vingar o que tem recebido...
    Sempre ouvi dizer: Amor, com Amor se paga!

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