terça-feira, 14 de março de 2017

Equivalente a nada



É o vazio.
É o vazio que comanda as horas. Cheias ou mortas. Vivas ou desinteressantes.
O vazio que tudo ocupa, tudo preenche, tudo invade e domina.
Um grande pedaço de nada.
Uma imensidão de coisa nenhuma.
Mãos cheias de coisa alguma.
Um corpo, oco, sem conteúdo, sem pensar, sem sangue a correr, sem vontade de viver ou de morrer.
Nada. Vazio.
Apenas isso: alguém que apenas respira. Alguém que não sente, que apenas é.
Cheia de um tanto equivalente a nada.




10.01.2017

3 comentários:

  1. Escreves como sempre... escreves como nunca...
    Deliciosamente! Dolorosamente belo!

    Beijo

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    Respostas
    1. Enalteces-me como sempre... Elogias-me como sempre... Faltas-me como nunca!

      Beijo(te)

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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