terça-feira, 11 de junho de 2013

Há um grito

Há um grito
Que se acalma
Dentro do meu ser
A cada dia que ultrapasso,
A cada hora que desfaço
Em minutos de tempos
Parados.

Há um grito
Que se cala
Nesta boca que é minha,
De lábios pálidos fechados
Em sons que tudo dizem
Sem palavras.

Há um grito
Que sufoco
Suspenso no ar
Que respiro
E que não liberto,
Guardado,
Acumulado
No peito.

Há um grito
Que deixo perdido
No sal de lágrimas
Que só eu provo,
Que só e abandonado
Morre assim,
Perdido,
Enterrado,
Não gritado!


11.Jun.13

4 comentários:

  1. Os gritos devem ser libertados Cat, ainda que em silêncio.
    Gritos amordaçados dentro de nós tornam-se gigantes que nos sufocam e não nos deixam respirar, impedem-nos de viver....de ultrapassar o passado que grita e mergulhar no futuro.
    Não te sufoques Cat, grita ao mundo! Vais ver que te sentes mais leve (comigo resulta....)

    Beijo *Estrela*do*

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    1. Pois são... São fardos que pesam imenso e nos afundam junto com eles.

      Mas é-me difícil gritar. Soltar-me na liberdade de o poder fazer.
      Vou exorcizando desta forma; com as minhas palavras dispostas ao sabor do momento e do sentir.

      Obrigada pelo (imenso) carinho.
      Beijo(te) Estrela minha.

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  2. voltei, após uns dias curtos mas muito bons de férias ...

    Eu por vezes também prendo o grito na garganta e quase sufoco, mas a Estrela tem razão grita e grita bem alto.
    lindos os teus poemas como sempre.

    Beijinho Cat e uma noite feliz

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    1. Senti a tua ausência, mas se foi esse o motivo, estás perdoada! ;)

      Os meu gritos são feitos neste silêncio de palavras.
      É a minha forma de os libertar. Embora gostasse de os verbalizar, vocalizar.

      Obrigada pelas tuas sempre amáveis palavras, minha Bia. Gosto de te ter por cá. Muito.

      Beijo(te) e uma boa noite boa.

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