domingo, 22 de maio de 2016
Cavaleiros andantes
Não há cavaleiros andantes, príncipes encantados ou o homem perfeito.
Como não há princesas, mulheres, mães e amantes imaculadas.
Somos seres imperfeitos. E nós, mulheres, somos inocentes, crédulas quando pensamos que há pessoas que nos vão colmatar as faltas, as necessidades, concretizar os sonhos e sermos felizes para sempre.
O para sempre não existe.
Os sonhos só nós os podemos realizar.
As necessidades são muitas e tantas vezes produto imposto.
As faltas só nós podemos ultrapassar.
Não há milagres. Não há magia que faça resultar o que não foi feito para resultar.
Batalhar por causas perdidas não é lutar, é desgastar o pouco que ainda há.
Nós mulheres sabemos quando algo termina. Quando já não há cura para as feridas e apenas as aprofundamos...
Porque, mesmo sabendo no nosso íntimo, continuamos a tentar?
Porque admitir que o sonho terminou, que não é eterno, dói.
Porque, no fundo, sentimos como um falhanço. E na verdade é apenas consequência do viver, do crescer e de outros objectivos querer alcançar e viver.
Chegar, dar, receber, partilhar e partir é facto indiscutível de quem vive.
E não podemos permitir-nos a ser apenas um ser que sobrevive. Estagnado, que acaba adormecido no irreal sonho do "para sempre"...
22.Mai.2016
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