segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

No silêncio de mim


É aqui, no silêncio de mim,
Que tudo faz sentido,
Que os ruídos desaparecem
No escuro da solidão.

Entro em mim,
De forma profunda,
Numa análise introspectiva
Como quem pára de viver.

Suspendo-me a respiração,
Sufocando lágrimas de,
Quase, aflição,
Num corpo onde
Já não há
Lugar para um coração.

Olho-me,
De fora para dentro,
Dos olhos do rosto,
Para os olhos da alma.

E que vejo?

Uma simples mulher,
Perfeitamente (im)perfeita:
Receios (in)fundados
De não (te) conseguir ser feliz.

Não me vejo sozinha,
Que ninguém nasce para ficar só.
Vejo-te em cada cena,
Em cada sonho,
Em cada fantasia,
Desta minha vida pequenina.

Vejo-me como parte de ti.
Vejo-te como parte de mim.

Sou de ti indivisível,
Inseparável
Enquanto me queiras...
Mas amar-te-ei,
Porque não há outra maneira,
Até ao fim dos meus dias,
O resto da minha vida inteira!



11.Jan.2016

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