Há
dias que parecem noites, apesar do brilho do sol, são negros. Negros
como breu, sem ponta de luz, sem um vislumbre que permita ver um pouco
que seja. E que assim nos deixam o coração, negro, pisado, magoado. E um
aperto na boca do estômago, que quase nos faz deitar fora as próprias
vísceras. Acredito que se o fizesse seriam negras, de tão podre,
estragada me sinto.
E as lágrimas que costumam cair sem necessidade de autorização, estão presas, ali, bem por trás do negro dos olhos. Não, não saiem. Não, não caiem. Não, não me vão aliviar esta dor. Não, não vão lavar e expurgar o dia de hoje.
Há pessoas assim, que por nunca se colocarem nos pés dos outros, nos deixam assim, negras.
Há pessoas que vivem num túnel mas ao contrário: lá longe não vêem nada, só o perto do umbigo é visível e logo o que é importante,válido e real. Perfeito até.
Há pessoas que só brilham quando os outros estão na escuridão. Por elas lá colocados ou não.
E há dias em que as palavras por essas pessoas proferidas são tão negras que nos trespassam, deixam marcas e nos matam por dentro, num misto de surpresa, incredulidade e revolta.
Dias em que quase sentimos o negro, o sujo das palavras e actos na pele, como se fosse preciso lavar e esfregar até nos livrarmos de tanta escuridão...
Hoje tudo é negro como a noite que já impera lá fora.
E as lágrimas que costumam cair sem necessidade de autorização, estão presas, ali, bem por trás do negro dos olhos. Não, não saiem. Não, não caiem. Não, não me vão aliviar esta dor. Não, não vão lavar e expurgar o dia de hoje.
Há pessoas assim, que por nunca se colocarem nos pés dos outros, nos deixam assim, negras.
Há pessoas que vivem num túnel mas ao contrário: lá longe não vêem nada, só o perto do umbigo é visível e logo o que é importante,válido e real. Perfeito até.
Há pessoas que só brilham quando os outros estão na escuridão. Por elas lá colocados ou não.
E há dias em que as palavras por essas pessoas proferidas são tão negras que nos trespassam, deixam marcas e nos matam por dentro, num misto de surpresa, incredulidade e revolta.
Dias em que quase sentimos o negro, o sujo das palavras e actos na pele, como se fosse preciso lavar e esfregar até nos livrarmos de tanta escuridão...
Hoje tudo é negro como a noite que já impera lá fora.
Cat.
2018.09.29
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