quinta-feira, 21 de julho de 2016

Há quanto tempo...

Há quanto tempo não me lês?
Há quanto tempo não passas as portas do meu coração e me sentes de verdade?
Nem tu sabes, nem eu imagino.
Há palavras que são apenas tuas. Palavras conjugadas daquela forma que só nós reconhecemos e em que só nos revemos.
Palavras nossas, reflexo do nosso sentir que agora é apenas meu. Já não me reconheces os olhares, os sorrisos, os (imensos) sentires... Sou quaseuma desconhecida, uma estranha estranha. Desinteressante, monótona, repetitiva e enfadonha. Como se já não houvesse nada mais a descobrir e isso mantém-nos apenas perto. Não juntos, não unidos, não unificados, apenas e somente, perto. E afastados, longe um do outro.
E há tantas palavras que ainda vivem dentro de mim, prontas para o teu sinal de interesse. Preparadas e à espera que os teus olhos me vejam, que me anseies por descobrir de novo... Por me voltares a ler com a vontade de outros tempos.
Há quanto tempo não me lês?

21.Jul.2016

5 comentários:

  1. Não preciso de ler este blogue para "te ler" até porque nos sorrimos trocamos olhares todos os miseráveis dias das vidas de um ser humano. Não preciso de vontade para "te ler" até porque a minha "vontade" manda em mim!

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    1. A vida não é miserável: muitas vezes nós é que a fazemos assim... Condição do ser humano: nunca estar satisfeito.

      E sim, precisas tanto de me "ler" como que eu te leia. E sabes, melhor que ninguém que te conheço como à palama da minha mão.

      E há coisas das quais não vale a pena fugir. Esta é uma delas.

      Beijinho(te)
      Cat

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  2. Não é fácil. Já o senti, também.

    Beijos

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    1. Não é... Todos gostamos de ser lidos, compreendidos, acarinhados, aceites...

      Beijinho(te) sentido
      Cat

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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