Pergunto-me porque escrevo e a resposta não surge fácil na ponta dos dedos. Nem na ponta da língua ou em pensamentos coordenados. Não! Aparece de forma disforme, confusa e desordenada.
Vários pensamentos vão-se formando na mente. Pensamentos não, são mais palavras que se unem a outras palavras e formam uma frase. E tenho que a escrever.
E o restante é uma catadupa de palavras chave que se vão encadeando umas nas outras. E nas quais não penso. É uma espécie de acto reflexo que muitas vezes, quando as palavras realmente se marcam presença na mente, tudo parece confuso, chegando a parecer ilógico.
Não sei porque escrevo.
Nem tão pouco sei se escrevo.
Debito palavras que fazem mais ou menos sentido.
Não é para outros. Não tenho a pretensão de ser lida e, muito menos, compreendida.
Não é para mim. Conscientemente não o é. Nunca releio as frases que se vão formando e firmando em linhas de coerência dúbia.
E há a sensação de repetição. De monotonia demasiado enfadonha e descolorida de novos sons e compassos.
Tudo sempre igual, semelhante ao anterior. A culpa? Das palavras! Dessas palavras que ecoam de forma permanente na minha mente. Palavras que me são fiéis e não me abandonam jamais. Palavras sempre presentes e constantes.
Houve tempos em que escrevia para ti. Em que te respondia ou te dizia o que de mais profundo sentia, desejava, ansiava.
Houve alturas, muitas e durante muito tempo em que todas as frases te faziam sentido.
Agora, nada o faz. Agora que já não me lês, todo o sentido se torna (im)possível.
11.Fev.2016
Long road ahead
ResponderEliminarAs everything in life... Some come, some go and we just need living on.
Eliminar(with more or less sadness in our hearts)
Beijinho(te) grande
(Este é apenas o cantinho do que vou sentindo e as palavras são disso reflexo. Talvez o meu sentir seja "pequeno". A verdade é que sou uma apaixonada e como os apaixonados, sou demasiado (im)previsível... )
EliminarBeijo(te)