Lá fora, nada mora para além da ausência dos sons de vida corrida, feita por entre momentos ora rápidos e rotineiros, ora demasiado marcados e, para sempre, na memória guardados.
O cheiro da chuva entranhado no alcatrão da rua mistura-se com o odor da terra molhada, numa mescla única que invade o ar de mais um dia de Inverno.
Aqui, dentro deste quarto, o Inverno também se sente. Nesta cama vazia, de ti ausente.
E o corpo, inerte, deixa-se embalar por esta nostálgica solidão decorrente que, mesmo subtil, está sempre presente.
E estas são, as horas, os minutos que mais se sentem. Os que precedem a tua chegada. Os que anseio mais depressa passem e, pelo contrário, demoram a eternidade desta vida e de toda a próxima.
E o coração bate, quase desmesurado de tanta vontade de te sentir a presença e me voltar a fazer (re)viver. E o sangue regressa, quente, a percorrer cada pedaço de mim, como os teus dedos, loucos, num intenso frenesim.
E a pele, arrepia-se ao imaginar o som do teu desejo por mim, num sussurro que só quem ama decifra.
E estas são, as horas, os minutos que mais se sentem. Os que precedem a tua chegada. Os que anseio mais depressa passem e, pelo contrário, demoram a eternidade desta vida e de toda a próxima.
E o coração bate, quase desmesurado de tanta vontade de te sentir a presença e me voltar a fazer (re)viver. E o sangue regressa, quente, a percorrer cada pedaço de mim, como os teus dedos, loucos, num intenso frenesim.
E a pele, arrepia-se ao imaginar o som do teu desejo por mim, num sussurro que só quem ama decifra.
E eu amo-te. Como quem ama a vida e o ar que respira.
02.Fev.2015
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