segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O acordar das vontades




É o vazio que se esvai
Com o correr de um rio
Que não se prende,
Que nunca se contém.

É o calor que invade
A pele que se desnuda
E se entrega ao sabor
De um quente feito de mãos.

É o preencher de um corpo
Percorrido por dedos
Ora sábios e delicados,
Ora indecisos e prementes.

É o acordar das vontades
Que se escondem dentro
De um peito suspenso no respirar
De um beijo doce, imponente.

É o saber entregar
Cada recanto do meu ser,
É o saber receber,
Cada momento,
Cada minuto parado no tempo,
Carregado deste,
Único e louco prazer,
Que é te pertencer.
 
 
29.Set.2014

E é isto...




sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Perder noção, razão e pensamento






 

A vontade percorre o corpo,
Largado sem cuidado
No leito desfeito
Onde já foi amado.
Invade a pele,
Empregnada do odor
De quem se entrega,
De quem não sente o pudor.
Incendeia o sexo
Húmido de tanto querer
Voltar a sentir
O doce sabor,
Desse enorme prazer
De ser tomada,
Tocada,
Penetrada e domada
Com esse fervor
De quem perde a noção,
A razão e o pensamento.
 
 
26.Set.2014

E é isto...




quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Preciosos diamantes

 


E no arrepio da pele
Há memórias que regressam,
Sob o nome do contorno de um corpo,
Ausente,
Que se faz real,
Num pequeno e intenso instante.

Os olhos cerram-se,
Recordando cheiros das peles
Que se tocam,
Em prementes apertos
Feitos de dedos que deslizam sem grandes custos.

E nos lábios,
Guardado na boca,
O sabor de beijos trocados,
Da pele pela língua percorrida,
E das gotas de corpos suados
Aquando do amar partilhado,
Do prazer luxurioso efectivado.

E o corpo estremece
Perante este avivar
De sentires,
Intensos, delirantes,
Por ela guardados,
Como preciosos diamantes.



17.Set.2014

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Saudades

 
 
 
 
 
Há ausências demasiado grandes
Que se revelam, não no tempo,
Não no passar dos dias,
Mas nas saudades.
Ausências que a memória
Se recusa a apagar,
Se nega a esquecer,
Se obriga a lembrar.
O toque dos lábios nos dela,
A saliva quente na sua mesclada,
O gosto de um beijo,
Único, de bocas que se conhecem.
O odor dos corpos acabados de se amar,
Nessa união de vontades,
Nessa fusão de prazeres.
O som da sua voz debitando palavras,
Soltando sorrisos,
Falando de sonhos com ela partilhados.
O toque das mãos roçando no rosto,
Acariciando o cabelo,
Enquanto mergulham olhos nos olhos,
Como se as Almas fossem
De um azul mar, profundo.
E as saudades são muito mais reais que
Recordações gravadas na pele,
Feridas abertas nos corações
 
 
04.Set.2014
 

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

XXIV Verdade Irrefutável


Muitos podem ter o meu corpo... Poucos terão a minha Alma, pois que nela está o meu mais precioso bem: este amor incondicional por quem me ocupa o coração!


01.Set.2014