sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Abismo...
O que me espera é o abismo e a vertigem que o acompanha e, que sei no íntimo de mim, me fará cair e sucumbir ao fascínio dos sonhos que não iludem.
Um abismo incontornável e impossível de resistir em que mergulharei no instante em que os teus olhos cruzarem os meus.
É sempre assim.
Eu sei. Eu já li. Eu já quase o vivi vezes sem conta em palavras que trocamos sem nunca o mencionarmos.
E agora chegou o momento de nos despirmos em conjunto e deixarmos o passado que poderia ter sido para abraçar o futuro do que será.
E é a vertigem do abismo que tenho receio não abraces comigo...
02/08/2012
Saudades
Imaginas a saudade que sinto das tuas mãos?
Do toque suave e firme da palma da tua mão comprimindo-me o corpo?
Imaginas como sinto falta do intenso deslizar dos teus dedos sob a pele?
Sou um deserto, árida e sequiosa do que as tuas mãos, molhadas de ti e de mim, me fazem sentir.
De quando os teus dedos com o meu sabor deslizam nos teus lábios, carregando-os deste meu odor de mulher que é teu.
Não imaginas a saudade de todas as emoções e sensações que sempre em mim consegues descobrir.
02/08/2012
Nada a fazer...
Não, não há nada que possa ser feito pois as coisas são como são e não há nada a fazer.
Tudo tem um príncipio e um fim mas o que realmente interessa é o meio.
O espaço de tempo físico que une o início do acabou.
Os dias feitos horas nos abraços que não queremos que terminem.
As horas feitas escassos minutos em beijos que nos enchem de sensações imensas.
Tudo tem um príncipio e um fim mas o que realmente interessa é o meio.
O espaço de tempo físico que une o início do acabou.
Os dias feitos horas nos abraços que não queremos que terminem.
As horas feitas escassos minutos em beijos que nos enchem de sensações imensas.
E os minutos que voam entre os olhares que se entendem, compreendem, sabem bem demais.
Os toques de dedos entrelaçados no aconchego de um sofá acompanhados por um filme que não importa o género, pois os beijos invadem e sucedem-se aos desejos que o corpo suplica numa prece ritmada, suada, partilhada.
Este é o meio que importa.
Os toques de dedos entrelaçados no aconchego de um sofá acompanhados por um filme que não importa o género, pois os beijos invadem e sucedem-se aos desejos que o corpo suplica numa prece ritmada, suada, partilhada.
Este é o meio que importa.
A história de nós.
E não há nada que se possa fazer.
Há histórias que parecem destinadas a não acontecer, a não serem, a não terem história ou meio sequer.
E não há nada que se possa fazer.
Há histórias que parecem destinadas a não acontecer, a não serem, a não terem história ou meio sequer.
Mesmo que não seja esse o meu querer...
01/08/2012
Noites vazias...
Sonhos. Ilusões. Sentimentos que cremos serem perfeitos. Nada importa, nada interessa a não ser esse sentir que nos inunda e nos enche a alma de uma forma levemente profunda.
O olhar sorri carregado de brilhos ténues largados no horizonte onde o mar e o céu se beijam.
Os lábios lambem demoradamente o sabor de um sumo vermelho carmim acabado de roubar ao coração de uma fruta dessa cor paixão.
A mente domina o pensamento que teima em correr, fugindo de encontro ao seu querer combinando forças que o desejo não consegue controlar, combater.
E és tu.
És tu quem me preenche as noites vazias do não te ter.
01/08/2012
Quase me mata...
A manhã chega serena e pouco agitada, sem os passos habituais de um dia de semana.
Com um sol pouco brilhante para um dia de Verão chega num calor morno que não se agarra a pele.
Morno como o corpo que me veste a alma desperta ao sabor do canto dos pássaros na janela.
Há manhãs e dias assim, mornos em todo o esplendor que o morno pode ter.
Em que nada me faz viver, sentir e querer.
Em que os dias passam em horas desconsoladas como uma pele branca no auge desta estação. Ou como uma rosa de pétalas vivas e entreabertas, namorando e seduzindo o sol e não se sentir o seu doce e intenso odor.
Há dias em que eu cheiro a nada.
Vazia.
Sem vontade.
São os dias em que quase me mata a saudade. De ti...
30/07/2102
Com um sol pouco brilhante para um dia de Verão chega num calor morno que não se agarra a pele.
Morno como o corpo que me veste a alma desperta ao sabor do canto dos pássaros na janela.
Há manhãs e dias assim, mornos em todo o esplendor que o morno pode ter.
Em que nada me faz viver, sentir e querer.
Em que os dias passam em horas desconsoladas como uma pele branca no auge desta estação. Ou como uma rosa de pétalas vivas e entreabertas, namorando e seduzindo o sol e não se sentir o seu doce e intenso odor.
Há dias em que eu cheiro a nada.
Vazia.
Sem vontade.
São os dias em que quase me mata a saudade. De ti...
30/07/2102
O que somos
Somos o que somos e nada mais que tudo isso.
Somos muito mais do que os olhos podem alcançar.
Somos alma, sentimento, dor e alegria.
Somos rugas de quem viveu, amou e sentiu.
Somos lágrimas de alegria no reencontro após a separação.
Somos riso de sabor a sal a brincar nas ondas do mar.
Somos corpo perfeitamente imperfeito carregado de tudo que cabe na alma, no peito.
Que importa a perfeição do rosto, o desenho carmim dos lábios se não sorriem quando falam?
Que importa o azul dos olhos se não se abrem de um brilho ofuscante quando chega o seu amor?
E que importam as mãos lisas perfeitas de unhas imaculadamente pérola se não sabem como tocar?
E que importam as palavras que não são ditas no burburinho que é amar?
Somos o que se vê e mais o que há a descobrir, partilhar. Sem medo, sem receio, num eterno receber e dar.
E tu? Quanto de ti cabe no teu olhar, sorrir e tocar?
26/07/2012
À deriva II
Tenho a sensação que remo num barco naufragado em águas paradas de ondas revoltas, agitadas por um vento que sopra quase demasiado imperceptível.
Um remar numa maré que, estagnada, me enche de ilusões onde os fantasmas do futuro são gigantes que não há forma de assustarem.
Um parado avançar em direcção ao destino desconhecido que enche a palavra amar.
Mas o destino afasta-se a cada trago de água, que não avança, deixando-me numa incerta segurança de me esperar no etéreo do eterno que jamais se alcança.
E eu preciso saber. Tenho de saber, com certezas absolutas se o meu destino coincide com o teu querer.
Se a lenta viagem que faço não e em vão...
E eu preciso saber. Tenho de saber, com certezas absolutas se o meu destino coincide com o teu querer.
Se a lenta viagem que faço não e em vão...
26/07/2012
A distância que nos separa
A distância que nos separa...
... É o tempo de um sonho tornado realidade num dia que há-de chegar devagar.
... É o tempo em dias rápidos e de horas que lentas se tornam enquanto o sonho sonhado não é tornado verdade. E que pára quando é recordado.
... É o momento da decisão incerta nas certezas concretas que se almejam que demora a ser tomada.
... É o espaço que separa o hoje do agora num desejo imediato, o ontem do amanhã na união que se quer partilhada.
... É a passagem de corpo real e alma etéra nessa louca, demente e desejada entrega ao desconhecido que é um doce abismo.
É imedível esta distância de te saber o sabor do querer e não te poder ter.
24/07/212
Me. Te.
Sinto-te.
Fugir-me.
Escapar-me.
Tento.
Segurar. Me. Te.
Amparo-me.
Abraçando-te.
Fazendo que fiques.
Rogando-te
Não me abandones.
Prendo-te.
Sufoco. Me. Te.
Massacro-me.
Acuso-te.
Condeno-me.
Odeio-te.
Arrependo-me.
Liberto. Me. Te.
Respiro.
Vivo.
Aprendo.
Renovo-me.
Sorrio. Me. Te.
Sem mágoas, ressentimento.
23/07/2012
Fugir-me.
Escapar-me.
Tento.
Segurar. Me. Te.
Amparo-me.
Abraçando-te.
Fazendo que fiques.
Rogando-te
Não me abandones.
Prendo-te.
Sufoco. Me. Te.
Massacro-me.
Acuso-te.
Condeno-me.
Odeio-te.
Arrependo-me.
Liberto. Me. Te.
Respiro.
Vivo.
Aprendo.
Renovo-me.
Sorrio. Me. Te.
Sem mágoas, ressentimento.
23/07/2012
O Tempo paira
E o tempo paira sobre mim como uma espada à espera do momento, que certo ou errado, a vai fazer cair.
Tombar certeiro no centro do meu meio vazio de tudo que é nada. Cheio de nada que é a vida.
E eu quero que o tempo seja meu aliado nos desabraços que não consigo ter porque nunca chegam a acontecer.
Tempo que suspenso não deixa de ser tempo no seu pior momento em que os dias são longos, imensos prolongamentos de horas que se multiplicam em minutos sem pressa de acabarem.
Mas o tempo não é para mim como para ti.
Nem o silêncio que o acompanha.
Gritos sussurrados em lábios fechados, em palavras que se soltam em suave desespero de te ter cá dentro do peito que acelerado quase pára neste tormento de te falar em cega surdina.
22/07/2012
Tento...
Tento...
... Por todos os meios que são tudo que tenho para alcançar a meta a que me destino sem me perder de mim.
... Saber que sou apenas este ser carregado de incertas certezas absolutas do que não há, aqui, para mim, mas que desejo feitas ilusões que nunca se quebrarão em mil pedaços de alusões ao passado.
... Que o futuro que não me espera concreto também não me engula em poços de luz intensa que me afectam a perseverança cega de não saber quando parar.
... Não parar de tentar chegar a ti. E não sei como te mostrar que sou aqui presente eterna nos dias que são teus, vazios sem mim.
... Que me sintas a falta e das palavras que inditas num sussurro, são gritos mudos que faço crescer em linhas corridas como nas folhas de papel e que, sentidas e lidas, são somente tuas.
Tento que sintas que és para mim alimento, de vida e de sentir, de querer e desejar. Parte de mim que está contigo. Num canto que não te ocupa senão de ar vazio...
22/07/2012
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