quinta-feira, 24 de maio de 2012

Silêncio VII



O silêncio que mata palavras que nunca dissemos, que jamais ousamos proferir. Palavras que agora calo num silêncio que grita na mente, no pensamento que não se ausenta da tua ausência, do teu silêncio.

Um silêncio que não quero mas que insiste em se apoderar de mim esvaziando-me de sentimentos que sinto, enchendo-me de sentires que não sinto. E que não são meus. São desses silêncios que não falam as minhas palavras, que se mostram indiferentes ao que não quero que ele diga. 

Este é o teu silêncio, que me gritas desse lado que não é o teu sentir, desse lado que não é o teu querer. O teu silêncio que fala apenas da minha ausência, da minha falta em ti. 

E o que quero é o não silêncio do teu querer, do teu sentir e do meu.


25.05.2012

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