terça-feira, 29 de maio de 2012

Largar...


Vou fugir-te como areia por entre os dedos das mãos frias do sol que não aquece como nas noites de Verão.

Vou esgueirar-me como um animal furtivo na noite quente de luar que abafa o brilho das estrelas.
Vou-te escapar como uma sereia das redes do homem que encanta com seu cantar de mel.
Vou-te abandonar, sem dó sem pena ou misericórdia nessa cama onde o teu corpo deitado descansa após uma longa noite sem parar de me amar.
Vou-te deixar quando o teu corpo já não aguentar o embalo do sono, do querer dormitar, e já não me olhar as formas que foram tuas em pele molhada de sal suado, partilhado em toques de mãos e línguas e beijos
trocados.

Vou-te largar, assim, sem te avisar, sem te beijar ou dizer ate logo, para mais tarde regressar e te sentir voltar-me a desejar.

2012/05/28

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