Quando deito o corpo cansado das horas lentas do dia perdido em corropios sem sentido, penso em ti. Penso como a tua voz em mim entra, sussurrando em tom alto e me acalma o pensar, o frenético pensar sem sentido, sem nexo, das casualidaes feitas complicações por motivos menores que nada.
E ouço-te falar-me ao ouvido. Palavras que não são de amor, são de tudo menos isso. E ouço-te calada, deliciada com o teu falar que fazem os teus olhos brilhar.
E penso no teu olhar no meu te ver e estás aqui, a meu lado deitado, olhando-me nos olhos e perdendo-me nos teus que me invadem a alma e, não precisas perguntar porque te falo por eles, envergonhada de tão facilmente me saberes.
E o teu cheiro invade-me o corpo e o teu beijo enche-me a boca do teu sabor.
E como gosto do teu beijo, como me vendo de corpo inteiro com o toque dos nossos lábios, com a tua língua lambendo a minha...
É à noite, quando o mundo se cala, nas horas escuras de lua clara, que mais te penso e em mim mais te sinto, quase real aqui do meu lado.
E quando a luz da realidade me acorda do sonho, sinto-te mais longe que no início...
2012/05/27
Vivo esperando sempre por uma Luz, que me ilumine os dias e me aqueça o corpo. Sinto-me enregelado, desde que perdi a tua voz, acontecimento atroz, que desfaleceu esperanças pueris. Mas nem tudo neste planeta são momentos vis. Lido com a tua ausência construindo um Altar de refulgência, na expectativa de gerar um Farol que seja avistado por ti e te retorne à minha costa…
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