sábado, 21 de julho de 2012

Podia...


Podia...
... Falar-te de todas as horas que passando demoradas são fugazes, instantes que nunca passam depressa demais, que sempre me dão tempo de te pensar.
... Mostrar-te todas as palavras que nunca ditas soam a verdade nas linhas escritas em momentos de insanidade, sem concreto devaneio, e que carregam sonhos, pelo meio.
... Ensinar-te como se sente a o toque da ausência de quem se ama, de quem se deseja acordado no lençol de cetim aquecido pelo frio do corpo que não está presente.
... Oferecer-te os sons de músicas (nossas) que não cantamos desafinados no certo compasso da melodia de ser amado.
... Pedir-te que destruisses o apagado registo a odor e sabor a teu gosto, entranhado nos poros da pele destapada que ao corpo abre a eternidade de se manter intocada.
... Perder-me em sonhos inimaginados de sentimentos que, trocados, nos enchem de vida invivida de aventuras destemidamente serenas.
Mas de que adiantaria se o tempo que passou não se acostuma ao que não foi e ter sido podia?
Mas não te falo, não te mostro nem te ensino. Não te ofereço, não te peço e não me perco.
Vou, junto a ti, nos novos dias de recomeço, de incerteza cheia de verdade, de vontade que não tem mais por onde cresça.

3 comentários:

  1. E cresces, e cresces, e cresces... cada vez mais alto e melhor. Adorei. Beijo meu. :*

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    1. Mana gémea... As tuas palavras são demasiado lisongeiras. Muito, muito obrigada. Sabes como és importante para mim.

      Beijo(te) saudosa de ti.

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