terça-feira, 3 de julho de 2012

Adeus


Adeus.
Hoje é dia de adeus. É dia de deixar de sonhar, deixar de me deixar levar.
É dia de regressar à realidade que imprevisível é o que temos nos dias mortos de quem vive sem sonhar.
E hoje deixo de sonhar os sonhos que me invadiram mente, corpo e a essência da minha alma que nada tem de valor aos olhos dos que sentem dor ou amor.
Vazia.
Sou vazia hoje. De tudo, de todos, de palavras que ao vento não dizem nada e nunca chegam a ti. Nunca te são sussurradas, memorizadas na lembrança de um sonho que jamais sonhaste.
O vento Sul já não embala o mar ao que o meu rio de forte corrente desejava se juntar.
Silêncio.
Apenas o silêncio do que não te disse, do que não te dei, do que não te mostrei e não pediste. De todas as razões irracionais que nos uniram e os factos sem certezas que nos separaram.
Não existem concretas e absolutas certezas para o pensar, para o sentir pois tudo se confunde com a realidade que crimaos e pensamos serem a mais pura verdade.
Nada.
Não há nada que me faça arrepender do que vivi, sonhei, senti e acabei por fazer, dizer. Acreditei que poderia viver num mundo em que a tua presença fosse absoluta, inteira, completa em mim.
Nada. Nada há de ti em mim. Nada há do que imaginamos ter sido e que nunca, jamais fomos.
Hoje é dia de adeus.
Adeus.

29/06/2012

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