quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Olho-te
Olho-te. Deitado ao meu lado ainda dormes. Eu, eu olho-te e penso se sonharas.
Se sonharas sonhos de alegria e cor. Se sonhas com outros países e sabores. Se sonharas comigo...
Sim, se sonhas comigo. Se eu, aqui, ao teu lado faço parte dos teus sonhos.
Se eu consigo penetrar tão profundamente na tua alma, no teu ser que ao dormir me sonhes.
Eu sonho-te. Muito. De olhos abertos frente ao mar. De olhos fechados a descansar. Sonho-te... E agora, olho-te.
Olho-te com vontade de entrar em ti. Sabes aquela vontade de nos dar-mos por completo, de nos fundirmos no outro e sermos apenas um.
Aquela imensa necessidade de sentir o sentir do outro, o pensar e o querer... E como te quero! Como te quero, sempre.
Quero-te aqui ao meu lado, a dormir ou acordado. Não importa: quero-te parte de mim, a partilhar o bom e o melhor ainda...
Quero poder tocar-te, ver-te as feicoes no lusco-fusco do amanhecer, como hoje...
Quero-te penso em voz alta. E ouço-te dizer-me: bom dia! Que fazes?
-Olho-te! Olho-te!
17/08/2011
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