E há palavras que nos querem saltar da boca.
Que se alojam na garganta à espera, à espreita de uma
brecha nos lábios que não se cerram para que possam se soltar aos jorros.
Palavrs que não escolhemos, que não são muito nem pouco, que apenas saiem sem
qualquer pudor.
E há palavras que nunca se soltam. Escondidas de todos os
pensamentos, de todos os sonhos e pesadelos, de todas as cores e sabores, de
todos os sentidos e odores.
Palavras que guardamos como um bem precioso, como um
tesouro.
Como o descrever do teu beijo.
Como o sentir do teu corpo no meu.
Como o deslizar dos teus dedos na minha pele.
O teu calor no meu arrepio.
O teu prazer dentro e junto com o imenso fervor que me
fazes sentir no ventre, bem em mim, cá dentro.
E as palavras do teu sabor?
Não as sei dizer, não as sei referir, desenhar, escrever
ou exprimir.
Há palavras que ficam gravadas na pele, na boca, nas mãos
e no corpo.
Há palavras que são um eterno sentir.
26/11/2012
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