A noite chega carregada de chuva e sem a luz da sua
eterna companheira hoje tapada por mantas de núvens negras.
E o silêncio é quase absoluto na rua e dentro destas
paredes que me sufocam e apertam o peito que quase explode por não conseguir
respirar.
Um aperto que me impede de sentir, de gritar e de deixar
de respirar. De querer, de desistir e de avançar.
Um respirar mecânico, automático, sistemático e
repetitivo, sequêncial mas sem vontades. Sem querer ou não querer.
E que dói. Dói a cada inspiração de ar frio que me gela
por dentro.
Dói a cada expiração que não quer deixar sair o pouco
calor que ainda me resta.
E o silêncio que é quase absoluto, que se quebra com esta
dor de manter o coração a trabalhar, nesta incapacidade de sequer pensar.
Há dias em que o silêncio da tua ausência é
demasiado grande e me invade e quase me mata por dentro...30/11/2012
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