Há sentimentos que não se explicam.
Tomam conta de nós como se de uma erva daninha se tratassem: não sabemos como aparecem, ganham raízes profundíssimas e nunca desaparecem. Por mais que tentemos estão lá sempre. E mesmo que pensemos que acabaram, que desapareceram de vez, desenganem-se pois reaparecem com mais força ainda, enterrando-se e embrnhando-se ainda mais.
Há sentimentos assim, que se prendem nas nossas entranhas, que se escondem no âmago do nosso ser e ali ficam, adormecidos, à espreita da melhor oportunidade para aparecerem. Para nos voltarem a atormentar! Sim apenas para isso.
Sentimentos que gostaríamos de nunca experimentar. Que nos fazem sofrer vezes sem conta sempre que decidem voltar.
E trazer com eles esses desejos impensados de mar e de beijos nunca dados, mas sentidos e quase provados.
Tu és assim, apareces e desapareces de forma inconstante e repetida e sempre que te perco arranco-te da minha vida.
Qual erva daninha que não se quer, não se deseja.
E de vez em vez, regressas e fazes-me acreditar de novo que tudo é possível, que o sonho é realizável. Com essa força que só tu tens, que só tu consegues fazer vibrar em mim.
Sim, és como uma erva daninha, nunca desapareces.
És um constante, premente e presente sentimento inacabado...
15/03/2012
bliss w y w h
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