sexta-feira, 16 de março de 2012

Desencontros...



Os desencontros são algo que me fascina.
Como podem duas pessoas desencontrarem-se nos dias que correm? Só se uma delas ficar sem bateria no telemóvel! E ainda assim, serão poucas que realmente se desencontram.
Mas não é destes desencontros que falo. É dos outros, daqueles do coracao. De quando duas pessoas se apaixonam ou não.
Sim, duas pessoas que se amam podem desencontrar-se. Porque um encontro na altura errada, num momento menos propício ao amor, seja porque já se tem um compromisso ou porque a vida profissional não permite "assentar", pode acontecer. E a paixão torna-se um desencontro de almas porque sofrem por não se encontrarem e viverem em constante desencontro.
As desculpas para estes desencontros são o que mais me seduz: não era o momento certo ou já não tinha de ser.
Mas que raio!! Se não era o momento certo porque aconteceu?
Porque duas pessoas se encontram e sentem e amam naquele preciso momento e porque se completam!
E quantas vezes o repetem mutuamente em telefonemas e mensagens de amor que trocam ao longo das horas, longas e sem vida, em que nao estao juntos?
E não era o momento certo, este de encontrar quem nos preencha, quem nos faça palpitar de vida?
Então qual será?
Mas a que mais me faz pensar e quando dizem que não estava destinado a ser, a acontecer, a ficarmos juntos.
Mas depende de quem para além dos que amam?
Depende da inércia de quem deve dar o passo e se deixa ficar naquele lugar sem tempo, sem espaço que é o medo.
Arranjam milhentas desculpas e não avançam, não se atiram ao precipício de amar e se entregar.
Sim, eu também tenho medo e também fico suspensa nesse lugar.
E o nosso desencontro, acabo por provocar apenas com o receio de arriscar...
Arriscar a ser feliz...



15/03/2012

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