quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Perco-me

 
Perco-me,
No lugar onde
O corpo se abandona,
Sem receio
Da luz que não ofusca
E deste escuro que se apaga,...
Neste leito que,
Mesmo quente,
Não me torna a pele
Amena.
Réstias de lembranças
Marcadas no corpo,
Incendiado pelo
Teu toque
De amante pleno,
De quem sabe o desejo
Mais profundo,
Escondido nos recônditos
De um olhar que
Escandalosamente o expressa.
Resquícios do sabor
Do teu beijo no paladar
Que a boca não esquece,
De um corpo que
Sente, tão,
Tão presente,
O ardor da tua vontade,
No contorno do abraço
Que me envolve por inteiro,
O explodir do teu prazer.
Perco-me,
Perco-me em tudo o que sinto
De ti
Em mim.
 
 
30.Dez.13

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