quarta-feira, 20 de junho de 2012
Segredo
Oiço ao longe vozes que falam em surdina, contando segredos que soltos ao vento quente da noite, são como folhas frescas ondulantes que nos levam para longe.
Vou contar-me a este vento, calada, em silencio, gritando sem que se ouca e quando chegar, me soltar e libertar, ser palavra ouvida, falada e sentida nesse imenso lugar onde cabem todos os segredos que esses teus olhos cor de mar sabem de cor, quero em ti ser eu e apenas tua.
Vou indicar-lhe o caminho, sem erro, falha ou demora, tenho urgência em chegar ao destino, de a ti me dar, de em ti me largar e nunca, nunca mais te soltar...
2012/06/17
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