E um dia deixarei de existir.
Deixarei de ser eu,
De ser quem vês,
Quem sentes,
Quem ouves,
Quem lês.
Nada. Serei tudo o que é nada.
Uma lembrança passada,
Esbatida como uma pintura
Na parede exposta ao sol.
Uma leve e suave recordação
De dias que já não o são,
Que foram de alegria,
De cumplicidade,
De segredos trocados,
Sonhos partilhados
Nunca concretizados.
Nada. Tudo que nada é, em mim,
Parte integrante do meu ser vazio,
Sombrio,
Perdido nos dias de desventura,
Sem guia nem caminho,
Nem luz, nem sorriso,
Nem sons que não sejam de martírio,
De dor e de saudade...
Saudade de ti a morar em mim.
2012/06/16
A falta que sinto
ResponderEliminarE acredita que jamais minto
É precipitada num abismo
Na companhia do doce absinto
Que me embriaga enquanto cismo
Como te afastas por tamanha duração
Da orla da minha acção...
Beijo-te com paixão