terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dor...

Dor que não te sinto,
Que te vejo, pressinto...
Dor que bates à porta
Do meu coração que aperta...
Dor que queres entrar,
Acomodar, ficar e devorar...
Devorar devagar. O que sinto,
O que me faz viver,
O que me leva a querer
E a sofrer...
Devorar devagar. Devorar-me...
Lenta e sofregamente,
Ácida e docemente,
Calma e arrebatadoramente...
Dor que me queres consumir.
Num fogo que vai arder sem fim,
Sem nunca o perceber,
Sem nunca saber...
Dor que me rondas,
Que me desejas de forma louca e insana.
Porque me queres fazer sentir-te
Quando o que desejo é que vás embora,
Que me deixes, que me faças ser feliz...
Dor que tentas entrar em mim,
Dor que só existirás enquanto eu permitir...

11/10/2011

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