Procuro pedaços de mim
Espalhados pelos dias
Que passsam,
Sem demora, sem fim.
Percorro por entre
Estilhaços de um eu
Que não se percebe,
Que, por vezes,
Parece que se perdeu.
Encaixo as peças soltas
Em puzzles imensos
De partes de vida,
De sentimentos,
Que me deixam sem mim,
Perfeitamente oca.
Alinhavo todos os feitos
Que nada produziram,
Em análise dos sonhos
Que perdidos se tornaram.
Cozo usando as linhas
De um pensamento,
Num caminho que percorro,
Turvo e cego,
E ainda que com receio,
Avanço sob o desconhecido,
Deixando o passado ficar,
Imóvel e guardado,
Num canto do que já foi
O meu ser.
Reato laços invisíveis
Com o sabor do querer,
Com a força do fazer,
Com a esperança da vontade,
De querer,
Que o coração,
Volte a bater,
Que o corpo volte a sentir,
Que a Alma volte a acreditar,
Que a vida,
Vale a pena viver.
31.Mar.2014
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