segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Sufoco

Dias que passam
Sem cor e sem sombras,
Sem sol que as pinte
E mescle de coloridos que são únicos.
Dias que são silêncio,
Que o vento quebra
Uivando
Num desespero
Que a pele sente num arrepio.
Dias que são de água
Que cai de um céu demasiado perto,
Demasiado pouco acima
Do meu pensamento,
Demasiado extenso.
Em tempo. Em espaço. Em profundidade e em altura.
Sufocante e sem vida.
Dias que me enchem a memória
De nada que se viva,
Que se sinta,
Que seja possível de recordar
Em horas que em que me sinta vazia.
E eu sinto-me assim,
Todo(s) o(s) dia(s).

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