Pensei em dizer-te adeus,
Em apagar-te dos dias,
Das horas em que me acompanhas.
Tentei ignorar-te a constante presença,
Em não sentir tão fortemente a tua ausência.
Procurei todas as palavras mudas,
Não soletradas,
Impronunciadas,
Na louca vã esperança
De não te sentir presente.
Desmembrei cada suspiro que soltaste,
Cada sopro desse teu vento
Do sul quente
Que para mim orientaste,
Na insana ilusão
De não te ter guardado em mim.
Pensei. Tentei. Procurei. Desmembrei.
Sem sucesso.
Sem regresso ao que fui.
Sem analepses e possibilidade de rescrever.
Sem avançar no que serei.
E já aqui, no meu ser, não te ter.
Fazes parte de mim e sem ti não há verdadeiro viver...
28/10/2012
Li cada palavra, cada sílaba, cada letra em que tu colocas o sofrer, causado pelo que não sabe ou não merece tão gostar teu...
ResponderEliminarEu sou a desorientação se tu no final, não me perdoares, pelos dias, pelas horas, em que te vi em cada momento, mas sem nunca me fazer ouvir...
Entre o meu despertar e o meu deitar, apenas te dei um mar de silêncio, que tu sempre, sempre o devorante na angustia de um nada meu não encontrares!
Quero, agora, a teus pés, dizer-te que voltei, que me arrependo pela minha demora, mas precisas de encontrar-me, para te encontrar...
Sou eu, aqui, perdido, no teu silencio que aguardo acabares em breve.
A tua voz quero
Vulcano