terça-feira, 8 de março de 2022

Adeus (à) vida XXXV


Pergunto-me quantas vezes
Terei de viver
Para que a vida
Deixe a minha Alma morrer?

Quantas vezes terei
De me transformar,
De noutra me tornar
Para poder descansar?

Serei merecedora de tamanha tormenta,
De na pele do rosto carregar
Sulcos de lágrimas salgadas,
De o corpo já não ter força para lutar?

Que terei feito,
Nesta ou noutra vida,
Para tal me acontecer,
Para a morte (ainda) não merecer?



Cat.
2021.04.30

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