Hoje abandono o corpo
Ao sabor de uma cama fria,
Condizente com a noite,
Sem gente, vazia.
Um abandono sem resistência,
Sem a luta que se impõe
Pelos desejos e quereres,
Pelas vontades loucas,
Intensas dos prazeres.
Um corpo largado,
Sem que obedeça ao pensar,
Como se tivesse deixado,
Por vontade unicamente sua,
Que o coração ficasse parado,
Inerte, sem o sangue bombeado.
Uma pele outrora quente,
Hoje mais que arrefecida,
Hoje insensível,
Adormecida,
Num torpor que me controla,
Que sempre sinto na tua ausência,
Que a alma me desola,
Que me sabe a penitência.
Hoje abandono o corpo,
Até que chegues e me aqueças,
Até que venhas e me invadas,
E o meu corpo,
Por ti, renasça.
Ao sabor de uma cama fria,
Condizente com a noite,
Sem gente, vazia.
Um abandono sem resistência,
Sem a luta que se impõe
Pelos desejos e quereres,
Pelas vontades loucas,
Intensas dos prazeres.
Um corpo largado,
Sem que obedeça ao pensar,
Como se tivesse deixado,
Por vontade unicamente sua,
Que o coração ficasse parado,
Inerte, sem o sangue bombeado.
Uma pele outrora quente,
Hoje mais que arrefecida,
Hoje insensível,
Adormecida,
Num torpor que me controla,
Que sempre sinto na tua ausência,
Que a alma me desola,
Que me sabe a penitência.
Hoje abandono o corpo,
Até que chegues e me aqueças,
Até que venhas e me invadas,
E o meu corpo,
Por ti, renasça.
12.Nov.13
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