quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O amor



Como se sabe que se sabe o que é o amor?
Como se sabe se alguém sabe o que é o amor?
O amor é algo assim tão linear que sejam certas e únicas e apenas determinadas palavras que o consigam definir ou explicar?
O amor é azul como o mar ou vermelho como o sangue que faz vibrar, preto como a noite ou amarelo como o girassol que adora esse deus maior?
O amor tem forma de coração quando somos jovens e expressamos um sentimento maior ou a de uma rosa de cor paixão numa jarra no canto do quarto onde os corpos se unem?
Tem o amor o cheiro do mar para quem nunca o sentiu ou das frésias que sem medo despontam na Primavera ao acaso no jardim?
É o amor o dar a mão num passeio no jardim ou a entrega de corpo e alma numa cama de quarto?
É possível sentir-se amor e dissociar-se a entrega do corpo da da alma?
Mas é possível que se fale de amor sem ser de forma amargurada e negativa, sem ser de dor e fracasso?
E os que falam com alegria e sorrisos, com conquista de objectivos e fracassos que unem fortalecem, não sentem amor?
E os amores proibidos, escondidos com receios de ver vidas destruídas, de sonhos nunca conseguidos, de lutas que são quase sempre perdidas, são menos amor que o outro?
Quem pode saber se alguém sabe o que é o amor, se mesmo em nós, muitas vezes não há fio condutor...


18/12/2012

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