Como se sabe que se sabe o que é o amor?
Como se sabe se alguém sabe o que é o amor?
O amor é algo assim tão linear que sejam certas e únicas
e apenas determinadas palavras que o consigam definir ou explicar?
O amor é azul como o mar ou vermelho como o sangue que
faz vibrar, preto como a noite ou amarelo como o girassol que adora esse deus
maior?
O amor tem forma de coração quando somos jovens e
expressamos um sentimento maior ou a de uma rosa de cor paixão numa jarra no
canto do quarto onde os corpos se unem?
Tem o amor o cheiro do mar para quem nunca o sentiu ou
das frésias que sem medo despontam na Primavera ao acaso no jardim?
É o amor o dar a mão num passeio no jardim ou a entrega
de corpo e alma numa cama de quarto?
É possível sentir-se amor e dissociar-se a entrega do
corpo da da alma?
Mas é possível que se fale de amor sem ser de forma
amargurada e negativa, sem ser de dor e fracasso?
E os que falam com alegria e sorrisos, com conquista de
objectivos e fracassos que unem fortalecem, não sentem amor?
E os amores proibidos, escondidos com receios de ver
vidas destruídas, de sonhos nunca conseguidos, de lutas que são quase sempre
perdidas, são menos amor que o outro?
Quem pode saber se alguém sabe o que é o amor, se mesmo
em nós, muitas vezes não há fio condutor...
18/12/2012
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